A sequência de gafes de Janja Lula da Silva, primeira-dama do Brasil, durante a programação social do G20, gerou desconforto entre os assessores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A informação é da jornalista Malu Gaspar, colunista de O Globo.
Embora o comentário “Fuck you, Elon Musk” tenha repercutido negativamente, o principal problema foi que desviou a atenção da mensagem central do evento, que era a promoção do combate à fome e à desigualdade.
O evento, realizado no Rio de Janeiro, tinha como objetivo destacar o compromisso do Brasil com causas sociais. No entanto, as falas de Janja acabaram monopolizando a cobertura midiática, frustrando o Palácio do Planalto.
A intenção era que o evento gerasse manchetes positivas sobre as iniciativas sociais do governo, mas isso foi ofuscado pelas declarações polêmicas.
Durante um painel sobre desinformação, Janja, que não estava entre os palestrantes, solicitou o microfone e fez declarações contundentes. Além de se dirigir a Elon Musk de maneira ofensiva, ela mencionou o ministro do Supremo tribunal Federal Alexandre de Moraes como um “grande parceiro” na questão das fake news.
A primeira-dama também fez comentários sobre o suicida de Brasília, referindo-se a ele de forma depreciativa. Musk respondeu aos xingamentos de Janja no Twitter/X, afirmando que Lula vai perder a próxima eleição. Essa troca de farpas chamou atenção da imprensa e do público, desviando o foco do evento.
Além disso, no dia anterior, Janja corrigiu uma pessoa da plateia que se referiu ao festival de música durante o G20 como “Janjapalooza”. Ela respondeu que o evento era uma “aliança global contra a fome e a pobreza”, e não apenas um festival de música. Isso mostrou a frustração com o nome informal dado ao evento.
Em uma tentativa de mitigar os danos, o presidente Lula, em seu discurso final, pediu que as discussões fossem conduzidas com respeito, afirmando que “não temos que xingar ninguém”.
Essa declaração surpreendeu alguns assessores, pois foi a primeira vez que Lula corrigiu publicamente a mulher, algo que ele evitava fazer mesmo em discussões internas.
O evento contou com a presença de diversas personalidades, incluindo a ministra da Cultura, Margareth Menezes, e o renomado músico Gilberto Gil. Apesar das controvérsias, o objetivo era reforçar a iniciativa global contra a fome e a desigualdade.
De acordo com a colunista de O Globo, o foco deveria ter sido a entrega de uma carta com propostas sociais para os líderes mundiais reunidos no Brasil.
Fonte: revistaoeste