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Lula lidera debate no G20 sobre aliança contra a fome e reforma global

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O presidente Luiz Inácio Lula da (PT) abre nesta segunda (18) a reunião de líderes do G20, no Rio de Janeiro, com dois dos principais temas que ele elegeu como prioridades deste terceiro mandato: a aliança contra a fome e a reforma da governança das instituições multilaterais do mundo.

Desde o início do ano passado, Lula reitera em seus discursos no Brasil e pelo mundo estas duas bandeiras, além da taxação dos super-ricos através de um imposto global. Já a reforma da governança global pretende atingir diretamente o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), com a entrada do Brasil e de outros países em desenvolvimento.

Embora o G20 não tenha poder de criar leis para seus membros, o grupo é o principal de cooperação econômica internacional em temas como comércio, desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.

Na véspera do G20, no domingo (17), Lula participou de reuniões bilaterais com líderes como Giorgia Meloni (Itália), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), (África do Sul), entre outros. Havia a previsão de que ele se encontraria com Emmanuel Macron (França) e Luis Arce (Bolívia) nesta segunda (18), mas as reuniões foram canceladas.

De acordo com as agendas oficiais dele e dos ministros, apenas Fernando Haddad (Fazenda) terá uma reunião bilateral com o homólogo francês Antoine Armand, no final da tarde.

Uma das principais iniciativas do Brasil no comando do G20 é a criação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com foco em políticas de transferência de renda e incentivo à agricultura familiar. Até este domingo (17), 42 países, incluindo a Alemanha, já haviam aderido à proposta.

A aliança tem como metas beneficiar 500 milhões de pessoas com programas de renda, expandir merendas escolares para mais 150 milhões de crianças e levar serviços de saúde a 200 milhões de mulheres e crianças.

“É uma questão que está à disposição dos governantes pra acabar. Aquilo que nós fizemos no Brasil: é só colocar o pobre no orçamento que a gente acaba com a fome, a miséria e a desigualdade. Temos 42 países participando, todos os bancos participando”, disse Lula em entrevista à TV Globo.

O governo brasileiro também defende uma reformulação das instituições internacionais, como o Conselho de Segurança da ONU, para ampliar a representatividade global. O secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou essa necessidade no domingo (17), destacando que a atual do conselho, com apenas cinco países com poder de veto, está ultrapassada.

“As ameaças que enfrentamos hoje são interconectadas e internacionais. Mas as instituições globais de resolução de problemas precisam desesperadamente de uma atualização, não menos importante o Conselho de Segurança, que reflete o mundo de 80 anos atrás”, afirmou Guterres, acrescentando que nações vulneráveis não estão recebendo o suporte necessário para enfrentar crises como a climática.

Ao assumir a presidência do G20 em dezembro passado, o governo brasileiro definiu três eixos prioritários para o seu mandato: inclusão social e combate à pobreza, transição energética e desenvolvimento sustentável, além da reforma da governança global. Além de representantes das maiores economias do mundo, o encontro no Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio reúne, ainda, a União Europeia e a União Africana.

Ao longo dos 12 meses de presidência do G20, o Brasil organizou diversas reuniões, incluindo 24 encontros ministeriais e 110 reuniões écnicas. Durante esse período, o governo tentou manter temas geopolíticos polêmicos, como a guerra na Ucrânia e o conflito na Faixa de Gaza, fora das discussões principais, concentrando-se nas prioridades sociais e ambientais estabelecidas.

Durante a cúpula, o Brasil lançou o G20 Social, que envolve a participação da sociedade civil, e reforçou a importância de uma resposta coordenada para enfrentar os desafios globais.

Com o encerramento da cúpula no Rio, o Brasil passará a presidência do G20 para a África do Sul, que assumirá o comando em 2025.

Fonte: gazetadopovo

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