O pastor evangélico Silas Malafaia publicou um vídeo na última quinta-feira, 14, no qual critica a “narrativa” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a morte do chaveiro Francisco Wanderley Luiz, que se suicidou em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, na noite de quarta-feira 13. Francisco detonou artefatos explosivos em seu próprio corpo.
Malafaia se referiu ao chaveiro como um “homem com problemas mentais e emocionais que explodiu bombas” e disse que Moraes — que assumiu a relatoria do inquérito e pretende relacionar o caso com os atos de 8 de janeiro — tenta criar “cortina de fumaça” sobre os próprios atos jurídicos, que são “ilegais e injustos”.
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“Eu não vou deixar passar o ditador da toga Alexandre de Moraes com uma narrativa para tentar tirar proveito, para jogar uma cortina de fumaça nos seus atos ilegais, injustos, sobre a questão do homem com problemas mentais e emocionais que explodiu bombas em Brasília”, disse.
Malafaia ainda diz que repudia “qualquer baderna, perseguição ou quebra-quebra, seja da direita ou da esquerda”, e que a “narrativa” de Moraes é de que o ataque promovido pelo homem é “fruto do discurso de ódio” e que uma anistia aos presos do 8 de janeiro “vai gerar mais agressividade”.
“Se o senhor tem direito de mostrar e de falar isso, eu tenho direito de dizer isso aqui: não é seu discurso de ódio, (mas) suas atitudes de ódio, de perseguição política, vão gerar mais agressividade”, afirmou o pastor.
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Malafaia cita manifestações anteriores em Brasília, promovidas pela esquerda, que, inclusive, deixaram dezenas de feridos, e que não despertaram a mesma reação dos ministros do STF. “Ninguém chamou essas pessoas de golpistas, de terroristas”, comparou.
Por isso, para ele, a punição, com mais de 14 anos de prisão aos presos do 8 de janeiro, é “uma verdadeira perseguição política promovida por Alexandre de Moraes com o objetivo de atingir Bolsonaro”.
Na parte final do vídeo, ele afirma que “quem tem trazido instabilidade e acirrado ânimos são as injustiças do ditador da toga Alexandre de Moraes”. Entre as “injustiças” e ilegalidades, ele cita o desrespeito a princípios e normas constitucionais, como a liberdade de expressão (com retirada de perfis de redes sociais do ar), a imunidade parlamentar (com processos e prisão de deputados), o duplo grau de jurisdição (com cidadão comuns julgados no STF), a imparcialidade do juiz (Moraes afirma ser vítima dos atos que julga).
“Isso é uma vergonha, uma aberração jurídica; isso sim provoca ódio”, declarou. “O senhor não tem moral para tentar tirar proveito de algo onde o senhor é participante e promotor de verdadeiras justiças.”
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Moraes afirmou na quarta-feira que o suicídio , resultado do “ódio político” que se instalou no país nos últimos anos e defendeu que não haja .
Redação , com informações da Agência Estado
Fonte: revistaoeste