Na manhã desta quinta-feira, 14, o vídeo em que a influenciadora e humorista Festi do Partido Liberal (PL) não estava mais no ar. Um pedido de providências sobre o vídeo foi feito ao ministério Público (MP) de São Paulo por Guilherme Kilter (Novo), futuro vereador de Curitiba. O fato foi noticiado com exclusividade por .
No vídeo, a influencer confessa ter vontade de “sequestrar um deputado do PL” e incita a população brasileira a apontar um “fuzil na cabeça” de deputados que não assinaram a PEC. Até a noite da última quarta-feira, 13, o vídeo contava com mais de 580 mil visualizações na plataforma TikTok.
Em seguida, ela afirma que, se o povo elegeu seus representantes, eles devem ter o direito de cobrá-los — de uma maneira nada pacífica. “nós botou [sic] os caras lá, a gente pode ir lá buscar, colocar na mala do carro e dar um rolê com eles”, defende. “Fuzil na cabeça e a porr* toda, se você não assinar a favor dessa merd* [a PEC 6×1], você morre.”
No vídeo do TikTok, a declaração se encerra neste momento. No entanto, o vídeo completo pode ser encontrado em perfis no Twitter/X que o publicaram na íntegra. Na sequência, Festi defende “botar fogo” em políticos.
“Já passou da hora da gente pegar esses políticos, aí, esses deputados, essa porr* toda, senador, o caralh* a quatro que está montando aqui no nosso lombo, ganhando sei lá tantos mil reais por mês para trabalhar três dias por semana, pegar toda essa galera, amarrar em praça pública e botar fogo”, conclui a atriz.
Na denúncia ao , o vereador eleito de Curitiba Guilherme Kilter pediu uma investigação da conduta da influenciadora digital. Para ele, trata-se de um caso flagrante de incitação à violência e ameaças, “materializados por meio de proposta explícita de sequestro de parlamentar, menção ao uso de arma de fogo como instrumento de coação, ameaça direta de morte contra parlamentar e incitação à desordem pública e dano ao patrimônio público”.
Kilter entende que as declarações de Festi configuram os crimes de incitação à prática de outros crimes: sequestro e cárcere privado, extorsão mediante sequestro e ameaça.
A ação se justifica pela gravidade do caso, que representa uma “coação direta a membros do Poder Legislativo Federal no exercício de suas funções constitucionais”, de acordo com o texto do futuro parlamentar curitibano, além da incitação explícita à prática de crimes graves.
A reportagem de entrou em contato com Festi por e-mail, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem. Reforçamos que nossos canais de comunicação estão abertos para futuras manifestações da influenciadora ou de sua defesa.
Fonte: revistaoeste