O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu adiar, para julho de 2025, a definição das metas setoriais de redução de emissões de carbono. Essa decisão foi tomada em parceria com o vice-presidente Geraldo Alckmin, depois de diversas reuniões.
Segundo a emissora CNN Brasil, o adiamento busca evitar divisões internas e garantir o apoio de todos os setores econômicos, como a indústria e o agronegócio, para uma meta global de redução de emissões até 2035. Na última semana, representantes de setores econômicos pressionaram o governo brasileiro para que compromissos específicos fossem anunciados antes do estabelecimento de uma meta geral.
Havia preocupações de que anunciar metas setoriais agora pudesse prejudicar a apresentação de uma meta unificada na (COP29). O evento ocorrerá nesta semana, em Baku, capital do Azerbaijão.
O governo optou por uma abordagem que permita tempo maior para negociações e busca de consenso. A meta geral anunciada visa à redução das emissões líquidas de gases de efeito estufa entre 59% e 67% até 2035.
Isso corresponde a uma redução das emissões para algo entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de carbono equivalente nos próximos 11 anos. Essa nova meta representa um aumento de 13% a 29% em comparação à meta anterior, estabelecida para 2030.
O Ministério do Meio Ambiente afirma que, apesar das críticas, a meta é ambiciosa e demonstra o compromisso do Brasil com a sustentabilidade. Os planos específicos para setores econômicos serão incorporados no Plano Clima, que deverá ser apresentado apenas em julho de 2025.
Essa estratégia visa a assegurar que todos os setores tenham tempo suficiente para se ajustar e contribuir efetivamente para os objetivos de emissões do país. O governo brasileiro espera que essa abordagem facilite negociações e assegure o cumprimento dos compromissos no cenário internacional.
Fonte: revistaoeste