O Federal Reserve, equivalente ao Banco Central dos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira, 7, uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa de juros, ajustando a faixa para entre 4,50% e 4,75%.
A decisão, aguardada pelo mercado, demonstra um movimento mais cauteloso do Fed, depois de um corte inicial de 0,50 ponto percentual em setembro. Esta reunião ocorreu entre quarta e quinta-feira, devido às eleições presidenciais na terça-feira 5.
Diferentemente da reunião anterior, onde houve divergências, a decisão atual foi unânime. Em setembro, a diretora Michelle W. Bowman se afastou do consenso, optando por um corte menos acentuado, sendo o primeiro voto dissidente de um governador do Fed desde 2005.
A expectativa de um corte menor ganhou força entre economistas, devido à desinflação e sinais de acomodação no mercado de trabalho, enquanto a economia se mantém robusta.
Federal Reserve destaca equilíbrio entre emprego e inflação
O Comitê de Mercado Aberto (Fomc) destacou em comunicado que os riscos para as metas de emprego e inflação estão equilibrados. Segundo o comitê, “as condições do mercado de trabalho geralmente diminuíram e a taxa de desemprego aumentou, mas permanece baixa”. A inflação progrediu em direção à meta de 2% do Comitê, mas permanece um pouco elevada.
Essas observações indicam que a economia está em transição, com a inflação se aproximando gradualmente do objetivo, enquanto o mercado de trabalho apresenta sinais de leve enfraquecimento.
O Fomc reiterou sua abordagem “data dependente” para decisões futuras. “O Comitê estará preparado para ajustar a postura da política monetária conforme apropriado se surgirem riscos que possam impedir a consecução dos objetivos”, afirmou o grupo.
Impacto global
As próximas decisões do Fed levarão em conta uma variedade de informações, como dados do mercado de trabalho, inflação, expectativas para a inflação e mudanças financeiras e internacionais.
A política de flexibilização gradual busca manter a expansão econômica sem causar superaquecimento, equilibrando o suporte ao crescimento e o controle da inflação.
As decisões do Fed afetam o mundo porque o dólar é a principal moeda de reserva e os EUA têm a maior economia global. Quando o Fed muda suas taxas de juros, isso pode alterar fluxos de capital e taxas de câmbio.
A alta nas taxas de juros tende a fortalecer o dólar, atraindo investimentos para os EUA e provocando saída de capitais de países emergentes, o que enfraquece suas moedas e prejudica suas economias.
Além disso, mudanças nas taxas do Fed afetam os custos de financiamento global e a percepção de risco nos mercados, influenciando decisões de investimento e políticas econômicas em diversos países.
Fonte: revistaoeste