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Evo Morales entra em greve de fome e acusa governo de recusar diálogo: Entenda a situação.

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O ex-presidente acusou o atual governo da Bolívia de rejeitar a proposta de diálogo para encerrar os protestos no país. Em comunicado ao , publicado no Twitter/X nesta segunda-feira, 4, o ex-presidente boliviano afirma que vai ficar em greve de fome “até que se concretize um diálogo efetivo e sincero”. 

Morales começou a greve na última sexta-feira, 1º. Em outra publicação no Twitter/X, ele disse estar convencido da necessidade de “encontrar soluções para os que hoje enfrenta o povo boliviano”. 

No comunicado a Guterres, o ex-presidente acusou o atual governo, regido pelo ex-aliado Luis Arce, de desrespeitar os direitos humanos ao reprimir as manifestações.

Os protestos começaram diante da abertura de . Os apoiadores do ex-presidente também pedem a renúncia de Luis Arce e soluções para a crise econômica da Bolívia. 

Evo Morales afirmou ter pedido “uma conversa imediata e que duas mesas de diálogo sejam instaladas”, em entrevista à Agence France-Presse (AFP) publicada nesta segunda-feira. “E a resposta do governo foi deter mais de 50 manifestantes.”

Ele acusa Luis Arce de “perseguição total” e diz ainda que haverá mais reação nos protestos. “Estas pessoas reagem”, declarou à AFP. 

Desde 14 de outubro, apoiadores de Morales exigem o que chamam de “ da perseguição judicial” contra o político. As manifestações começaram com o bloqueio de estradas na região de Cochabamba e incluíram a

De acordo com o Ministério de Relações Exteriores da Bolívia, os apoiadores de Evo Morales fizeram refém mais de duzentos militares, em três quartéis. Os manifestantes também roubaram armamentos de guerra e munições. 

“O anúncio de uma quarta interrupção no bloqueio rodoviário — o que não vai acontecer — e a sua substituição por uma greve de fome é apenas uma manobra para reduzir o impacto negativo da medida sobre o líder do protesto e para atrair a atenção da internacional”, diz um trecho do comunicado do ministério. “Ou seja, por trás de uma retórica radical, o projeto desta facção política continua a ser o de encurtar o mandato do presidente Luis Arce.”

Na última sexta-feira, a polícia conseguiu acabar com um bloqueio em Parotani, àrea na rodovia que liga Cochabamba a La Paz. O dia terminou com 19 policiais feridos e 66 civis detidos.

Ao menos 55 pessoas foram presas e levadas para a capital da Bolívia, La Paz, onde serão investigadas por terrorismo, revolta armada, tráfico de armas e outros crimes. 

Fonte: revistaoeste

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