O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se recusou a comentar as medidas do pacote de corte de gastos durante visita ao Instituto Nacional de estudos e pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), neste domingo, 3. O chefe do Executivo optou por falar sobre a prova do Enem 2024, cuja primeira parte ocorre no mesmo dia.
Ao ser interpelado sobre a crise na Venezuela, Lula também se recusou a responder. “Nem estados unidos, nem Venezuela, nem Nicarágua”, afirmou. “Hoje, o assunto é o Enem. O ministro Camilo Santana já prestou as informações a vocês.”
Lula evitou responder às perguntas em meio ao cancelamento da viagem que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, realizaria à Europa. Conforte noticiou , . Alega-se que o chefe da pasta ficará em Brasília nesta semana para resolver assuntos internos.
Inicialmente prevista para ocorrer entre 4 e 9 de novembro, a viagem não teve sua nova agenda anunciada. “A agenda em questão será retomada oportunamente”, informou o ministério.
O cancelamento da viagem ocorre em meio à crise fiscal do governo, que passou a ser cobrado para apresentar um pacote de medidas de revisão de gastos. Essas medidas foram prometidas depois das eleições municipais e geram expectativa no mercado. Na última semana, por exemplo, o fechou a R$ 5,86. É a segunda maior cotação nominal da história, o que reflete a crise financeira.
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O último relatório mensal do Wells Fargo, por exemplo, revisou o câmbio para o primeiro semestre de 2026 de R$ 5,90 para R$ 6,50. Para o fim de 2025, a previsão do banco era que o real terminasse em R$ 5,40 por dólar. Agora, a perspectiva é que a moeda americana encerre 2024 em R$ 5,65. Para o ano que vem, a previsão é que o câmbio chegue a R$ 6,30.
Uma das principais razões da alta acelerada do dólar nos últimos dias é a falta de uma data para ocorrer a revisão dos gastos públicos, prometida pelo governo Lula.
Fonte: revistaoeste