Entre o primeiro e o segundo turno das , houve 127 milhões de votos válidos em 2024. Cada voto custou, em média, cerca de R$ 40 para o pagador de impostos no Brasil — e, a depender do partido, essa cifra chega a quase R$ 900, de acordo com os cálculos de .
A cifra é o resultado da comparação entre o número de votos válidos e a verba distribuída pelo , o Fundão Eleitoral, criado para bancar as campanhas eleitorais no Brasil. O recurso vem dos impostos.
Nas eleições municipais de 2024, o Fundão Eleitoral distribuiu quase R$ 5 bilhões. Esse dinheiro é suficiente, por exemplo, para comprar por volta de 30 milhões de sacos de cimento ou 50 milhões de botijões de gás, a depender da região do Brasil.
Comparando as verbas com a votação que cada partido recebeu, o . E, ainda assim, a legenda não elegeu nenhum candidato — mesma situação do segundo lugar deste ranking: o PCO, cujo custo por voto fechou em R$ 407.
No top cinco do voto mais caro no Brasil, figuram somente os partidos de esquerda. A terceira posição é da Rede: R$ 287. Na sequência estão o PC do B (R$ 207) e PSTU (R$ 125).
A verba é distribuída obedecendo aos seguintes critérios: 48% é rateada conforme o tamanho da bancada na Câmara, 35% conforme os votos dos deputados federais, 15% de acordo com o número de senadores e 2% igualmente entre todas as legendas. Ou seja, os partidos ganham dinheiro apenas por existir. Aliás, nove das 29 siglas registradas no TSE receberam dinheiro apenas por não terem fechado. São os casos de Solidariedade, DC, Mobiliza, PMB, PRTB, PSTU, UP, PCO e PCB.
Fonte: revistaoeste