O superou os R$ 5,79, nesta quinta-feira, 31, depois de falas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele minimizou a relevância do pacote de revisão de gastos públicos, o que abalou o mercado.
Às 13h11 (de Brasília), a moeda norte-americana estava em R$ 5,791 — aumento de 0,486% em relação ao valor de fechamento da quarta-feira, 30, R$ 5,763.
O ministro mostrou desconforto ao ser questionado sobre o anúncio das medidas aguardadas para equilibrar as finanças públicas. Esperava-se que fossem divulgadas depois das eleições municipais, mas Haddad afirmou na terça-feira 29 que não há prazo definido.
Fernando Haddad, sobre perguntas de medidas fiscais: ‘forçação boba’
Analistas financeiros projetam que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva não cumprirá suas metas fiscais de 2024 a 2027. Haddad, ao deixar um evento em Brasília, descreveu as perguntas da imprensa sobre as medidas de revisão de gastos como “forçação boba”.
Os investidores também reagiram aos dados de emprego divulgados pelo . A taxa de desemprego caiu para 6,4% no terceiro trimestre — a segunda menor da série histórica, iniciada em 2012.
Especialistas avaliam que o mercado de trabalho pode pressionar a inflação, num movimento que demanda um aperto monetário do Banco Central. Atualmente, a taxa Selic está em 10,75% ao ano e tende a subir.
As previsões para o IPCA neste ano aumentaram para 4,55%. O valor é acima do teto da meta de inflação, de 4,5%. A meta oficial é de 3%, mas o intervalo vai a 4,5%.
A contínua deterioração das contas públicas elevou o endividamento do país para 78,6% do PIB em agosto, mais que outras nações emergentes. Desde janeiro, o Tesouro Nacional registrou um déficit de quase R$ 100 bilhões nas finanças públicas.
Fonte: revistaoeste