O governo de São Paulo realizou o leilão da concessão da Rota Sorocabana, nesta quarta-feira, 30. Com oferta de R$ 1,6 bilhão, o Grupo CCR superou o valor mínimo de R$ 597,5 mil do edital.
A gestão do governador paulista, Tarcísio de Freitas, já antecipava propostas mais elevadas. No total, foram 26 lances em viva-voz contra a Ecorodovias, que precisaria adicionar R$ 10 milhões à sua oferta para superar a CCR.
O leilão contou com outros dois participantes que não avançaram para a fase de viva-voz, em que os valores são ofertados em voz alta.
O Pátria, por meio do fundo Infra BR V Missouri Holding III, ofereceu R$ 1 bilhão, enquanto a EPR propôs R$ 864 milhões. O contrato inclui obras de R$ 8,8 bilhões e uma concessão de 30 anos para 460 km de rodovias no sudoeste do Estado.
A concessão abrange partes do sistema Castello Branco-Raposo Tavares. Com isso, serão duplicados 94 quilômetros de rodovia e construídos 197,5 quilômetros e faixas adicionais, simples e duplas.
Os detalhes da concessão do governo de São Paulo
O governo dividiu a concessão em dois blocos: Rota Sorocabana e Nova Raposo, que será leiloada em 28 de novembro.
Essa é a primeira vitória da CCR em concessões rodoviárias desde 2021, quando obteve a Dutra. Assim como antes, a empresa garantiu a continuidade de operação em um ativo importante.
Na sede da B3, durante o leilão, manifestantes próximos à Rodovia Raposo Tavares protestaram contra o leilão da Nova Raposo. Eles criticaram desapropriações e pedágios planejados.
O projeto da Nova Raposo, assim como a Rota Sorocabana, é parte da concessão ViaOeste, da CCR. A divisão em dois lotes pelo governo paulista separou os trechos mais distantes da capital nas rodovias Castello Branco e Raposo Tavares para a Rota Sorocabana.
A Nova Raposo, mais próxima a São Paulo, é vista como mais complexa em virtude das obras necessárias, das desapropriações e dos pedágios, apontados como riscos ao projeto.
Consórcio leva 1º lote de construção de escolas em São Paulo por mais R$ 3 bilhões
Ainda nesta nesta terça-feira, 29, Tarcísio anunciou que o Consórcio Novas Escolas SP adquiriu o primeiro lote de escolas estaduais a serem administradas pela iniciativa privada. A , gestora dos recursos, venceu o leilão de 17 escolas do Lote Oeste.
O consórcio vai receber R$ 3,38 bilhões durante 25 anos de contrato. De acordo com o edital, venceria o leilão a empresa que oferecesse o menor preço.
A quantia que o consórcio aceitou receber é 21,43% menor do que o teto estabelecido, de R$ 15,2 milhões. O governo estadual vai pagar, mensalmente, cerca de R$ 12 milhões. A concessão tem validade de 25 anos.
Fonte: revistaoeste