A quantidade de partidos que conseguiram eleger prefeitos em capitais caiu de 12, em 2020, para oito nas eleições mais recentes. A redução ocorreu por causa das derrotas de siglas como , PDT, Cidadania e Psol. A queda só não foi maior porque partidos como PL e , que não haviam conseguido vitórias em capitais na disputa anterior, conquistaram prefeituras desta vez.
O PSDB foi o partido que mais sofreu perdas. Tendo sido uma força política junto com o PT nas décadas de 1990 e 2000 e no início dos anos 2010, a legenda elegeu quatro prefeitos de capitais na eleição passada. Na época, era o segundo partido com mais prefeituras, ficando atrás apenas do MDB.
No entanto, o PDT também teve uma queda expressiva. O partido, que em 2020 governava Aracaju, em Sergipe, e Fortaleza, no Ceará, ficou sem prefeituras em capitais nas eleições mais recentes. O mesmo aconteceu com o Cidadania e o Psol, que perderam suas únicas prefeituras de capital.
Em contraste, o PL foi o partido que mais cresceu. Sem eleger nenhum prefeito de capital em 2020, a legenda ganhou força com a filiação de no ano seguinte, o que aumentou sua base eleitoral. Agora, o partido venceu em quatro capitais: Maceió, Rio Branco, Aracaju e Cuiabá.
Por outro lado, o PT, sob a liderança de Luiz Inácio Lula da Silva, atravessou uma crise em 2020, quando ficou sem nenhum prefeito de capital pela primeira vez desde a redemocratização. Porém, na eleição atual, o partido conseguiu vencer em Fortaleza. Essa vitória é simbólica, pois a capital cearense foi a primeira cidade governada pela sigla, ainda na década de 1980.
O MDB e o PSD lideram o ranking de prefeitos eleitos em capitais, com cinco vitórias cada um. O PL e o União Brasil conquistaram quatro prefeituras cada um, seguidos pelo Podemos e pelo PP, com duas cada um. Outras siglas, como Avante, PSB, PT e Republicanos, elegeram um prefeito em capital.
Em 2020, o cenário era diferente, com o domínio de MDB, PSDB e União Brasil em capitais. Na época, o MDB também liderava, mas com vitórias em Goiânia, Cuiabá, Teresina, Boa Vista e Porto Alegre. O PSDB aparecia em segundo lugar, com prefeitos em Natal, Porto Velho, São Paulo e Palmas.
O levantamento das prefeituras mostra mudanças significativas no controle das capitais. Entre as vitórias recentes, destacam-se nomes como Emília Corrêa (PL), em Aracaju; Igor Normando (MDB), em Belém; Fuad Noman (PSD), em Belo Horizonte; e João Campos (PSB), em Recife. Esses resultados indicam um novo cenário político nas capitais, com mudanças nas lideranças e no controle partidário.
- MDB – 5 (Belém, Boa Vista, Macapá, Porto Alegre e São Paulo);
- PSD – 5 (Belo Horizonte, Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Luís);
- PL – 4 (Aracaju, Cuiabá, Maceió e Rio Branco);
- União Brasil – 4 (Goiânia, Natal, Salvador e Teresina);
- Podemos – 2 (Palmas e Porto Velho);
- PP – 2 (Campo Grande e João Pessoa);
- Avante – 1 (Manaus);
- PSB – 1 (Recife);
- PT – 1 (Fortaleza);
- Republicanos – 1 (Vitória).
- Aracaju (SE) – Emília Corrêa (PL), no segundo turno;
- Belém (PA) – Igor Normando (MDB), no segundo turno;
- Belo Horizonte (MG) – Fuad Noman (PSD), no segundo turno;
- Boa Vista (RR) – Arthur Henrique (MDB), no primeiro turno;
- Campo Grande (MS) – Adriane Lopes (PP), no segundo turno;
- Cuiabá (MT) – Abílio Brunini (PL), no segundo turno;
- Curitiba (PR) – Eduardo Pimentel (PSD), no segundo turno;
- Florianópolis (SC) – Topázio Neto (PSD), no primeiro turno;
- Fortaleza (CE) – Evandro Leitão (PT), no segundo turno;
- Goiânia (GO) – Sandro Mabel (União Brasil), no segundo turno;
- João Pessoa (PB) – Cícero Lucena (PP), no segundo turno;
- Macapá (AP) – Dr. Furlan (MDB), no primeiro turno;
- Maceió (AL) – João Henrique Caldas (PL), no primeiro turno;
- Manaus (AM) – David Almeida (Avante), no segundo turno;
- Natal (RN) – Paulinho Freire (União Brasil), no segundo turno;
- Palmas (TO) – Eduardo Siqueira Campos (Podemos), no segundo turno;
- Porto Alegre (RS) – Sebastião Melo (MDB), no segundo turno;
- Porto Velho (RO) – Léo Moraes (Podemos), no segundo turno;
- Recife (PE) – João Campos (PSB), no primeiro turno;
- Rio Branco (AC) – Tião Bocalom (PL), no primeiro turno;
- Rio de Janeiro (RJ) – Eduardo Paes (PSD), no primeiro turno;
- Salvador (BA) – Bruno Reis (União Brasil), no primeiro turno;
- São Luís (MA) – Eduardo Braide (PSD), no primeiro turno;
- São Paulo (SP) – Ricardo Nunes (MDB), no segundo turno;
- Teresina (PI) – Silvio Mendes (União Brasil), no primeiro turno;
- Vitória (ES) – Lorenzo Pazolini (Republicanos), no primeiro turno.
Redação , com informações da Agência Estado
Fonte: revistaoeste