Em entrevista ao canal CNN, realizada na manhã desta segunda-feira, 28, o prefeito reeleito de São Paulo, , falou um pouco das próximas etapas de sua gestão.
De acordo com o emedebista, o eleitor fez uma escolha ao rejeitar um candidato que defende a liberação de drogas e condena a militarização, referindo-se ao seu adversário no segundo turno, Guilherme Boulos (Psol).
Nunes afirmou que a gestão municipal vai permanecer trabalhando com o , liderado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), para realizar melhorias na segurança pública.
Em relação à , o prefeito também disse que, com a reeleição, há uma abertura maior para atuar com o governo Tarcísio para “retirar” a concessionária de energia de São Paulo.
“Mas, para isso, o governo federal também tem que tomar posição”, disse Nunes. “É necessário ter honestidade e seriedade com a população […] O contrato, a regulação e a fiscalização são responsabilidades do governo federal. Se fosse municipal, eu já teria tirado a Enel daqui [cidade de São Paulo]”.
Nunes ainda citou uma das cláusulas do contrato de prestação de serviços da Enel, em que é estabelecido que o presidente da República pode realizar uma intervenção por decreto. “Isso dura minutos”, disse. “Basta ele [Lula] querer e sentir a dor da população de São Paulo.”
Quando interpelado por jornalistas sobre “apadrinhamento”, o prefeito disse que não tem padrinhos, e sim aliados. Ele também afirmou que, por enquanto, não cogita a criação de novas secretarias.
Ricardo Nunes (MDB) comemorou sua vitória ao lado de aliados e apoiadores, na noite deste domingo, 27.
“A quem acompanhou essa eleição histórica, a democracia deixou uma lição histórica”, declarou Nunes. “O equilíbrio venceu todos e a todos os extremismos. São Paulo falou, e sua voz precisa ser ouvida.”
O emedebista ainda argumentou que “quem não tiver acervo de realizações, algo para mostrar de concreto, terá cada vez mais dificuldade de ter como único argumento a rejeição do adversário”.
O prefeito reeleito afirmou que cabe aos governantes pensarem “todos os dias” sobre o que pode ser feito para “realizar o sonho das pessoas”. Criticou quem “muito se preocupa com engajamento nas redes sociais ou ideologias”, e não “com o dia a dia do povo”.
Fonte: revistaoeste