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Cinema

Christopher Reeve: a emocionante saga do verdadeiro herói Superman

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Você sabia que, desde 1948 até hoje, onze homens usaram o uniforme do Superman nas telas (seja de cinema ou televisão)? O super-herói é considerado o mais longevo no audiovisual, e já existe uma 12ª versão dele a caminho, que aparecerá no filme  Superman: Legacy, com estreia prevista para o ano que vem. Independentemente de quantos ainda venham, o ator que continua sinônimo do Super-Homem para os fãs da sétima arte é o americano Christopher Reeve. Ele é o tema de um emocionante documentário que acaba de estrear nos cinemas brasileiros, chamado Super/Man – A História de Christopher Reeve.

Ao longo de uma hora e 44 minutos, o longa-metragem apresenta a carreira e a vida completa do artista. Reeve se apaixonou pela atuação ainda criança e, contrariando o pai, decidiu estudar na Juilliard, instituição em Nova York que é renomada por formar intérpretes de magnitude, Robin Williams (amigo do eterno Superman), Kevin Spacey e Adam Driver. Em 1974, o ator já havia concluído os estudos e começava a pegar os primeiros papeis em peças da Broadway. Sua estreia nos cinemas se deu com uma ponta no longa S.O.S. – Submarino Nuclear, de 1978. No mesmo ano, foi escalado em Superman, o que mudou sua vida da noite para o dia. 

O documentário retrata essa ascensão de maneira muito inspiradora. Há ários detalhes sobre o processo de evolução do astro, ressaltando o quanto ele se esforçava para conseguir a aprovação do pai, o poeta Franklin D’Olier Reeve.  

Antes e depois da queda 

Uma das boas sacadas dos diretores Ian Bonhôte e Peter Ettedgui foi a de fazer com que Super/Man não seguisse uma ordem linear. O espectador acompanha a história de Reeve alternada entre sua ascensão ao papel de herói e o momento em que sofre o trágico acidente que o deixou tetraplégico, em 1995. O ator caiu de seu cavalo antes de um salto. No , o ocorrido não parece grave, mas o americano fraturou duas vértebras cervicais e a medula espinhal.

O próprio título da película, com a inclusão da barra “/” no meio do nome, serve para mostrar que ela está dividida entre as duas fases da história de Reeve – no pôster do filme, o símbolo é feito com uma kryptonita, o mineral capaz de enfraquecer o defensor de outro planeta dos quadrinhos.

Com essa escolha acertada de alternância das cenas, o documentário explora a carga dramática do ocorrido, que revelou ao mundo que o Super-Homem presente no imaginário popular não era invencível assim. Depoimentos dos filhos de Reeve e de personalidades do cinema, como Glenn Close, Jeff Daniels e Susan Sarandon, sublinham o impacto da paralisia na vida dele.

Células-tronco 

O ator achava que estava “arruinando a vida” de sua família, então teve dificuldades para aceitar a situação em um momento inicial. O apoio de sua segunda esposa, Dana, fez com que ele seguisse adiante e buscasse forças para conscientizar o mundo sobre sua condição. Um dos momentos mais fortes de Super/Man é justamente quando a filha do casal, Alexandra, narra uma passagem em que a mãe berrou que amava Reeve, mesmo com a trágica situação. 

O casal partiu para o ativismo, apoiando causas ligadas a pesquisas com células-tronco e a legislação para pessoas com deficiência. Reeve e Dana fundaram uma associação que depois veio a se fundir com a American Paralysis Association. Hoje, com o nome de Christopher & Dana Reeve Foundation, a entidade é uma das principais referências sobre o assunto nos Estados Unidos.

Destacada em documentário, foto mostra Christopher Reeve após o acidente
Destacada em documentário, mostra Christopher Reeve após o acidente| Herb Ritts/Warner Bros./Reprodução

Como ambos já morreram, ele em 2004 e ela em 2006, Super/Man  coleta o que houve de avanço para as pessoas com paralisia desde que o casal se envolveu com a causa. Há a cena do então presidente Barack Obama promulgando a “Christopher and Dana Reeve Paralysis Act”, lei americana que revogou restrições às pesquisas com células-tronco.

Apesar da falta de linearidade intencional, Super/Man – A História de Christopher Reeve é um documentário bastante padrão. O que faz a ida ao cinema valer muito a pena é a trilha-sonora, as belas imagens e os valores presentes na história, que debate a importância da família e o valor da vida. É difícil não se emocionar com os depoimentos do astro e de seus filhos. O lançamento ainda serve para que a nova geração tome contato com Reeve, que deve seguir no posto de melhor Super-Homem por anos a fio. 

  • Super/Man – A História de Christopher Reeve
  • 2024
  • 104 minutos
  • Indicado para maiores de 10 anos
  • Em cartaz nos cinemas

Fonte: gazetadopovo

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