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Política

Senadora planeja acelerar processo de impeachment contra Moraes pós-eleições

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A ala bolsonarista do Congresso Nacional espera o fim do processo eleitoral para esquentar as discussões em torno do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Os políticos acusam o magistrado de abuso de poder.

Na última semana, a senadora Rosana Martinelli (PL) voltou a defender a articulação impulsionada pela extrema-direita. Em entrevista à imprensa, a parlamentar destacou que o tema deve voltar à pauta após as eleições municipais, quando os senadores retornarem de suas bases eleitorais.

 

“Esperamos que, após essas eleições, onde muitos senadores estão trabalhando nas suas bases, que voltem e consigam essas 5 assinaturas que estão faltando”, comentou durante a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Cuiabá, na segunda-feira (14).

Moraes é relator na Corte de inquéritos sobre fake news e milícias digitais, diversas frentes de investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e também de uma suposta tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. Os parlamentares oposicionistas alegam abusos do ministro e desrespeito ao devido processo legal nas decisões tomadas.

Com 35 assinaturas até o momento, faltam ainda 5 para que a petição seja protocolada e o processo siga para análise. Quando se trata do posicionamento de senadores de Mato Grosso, apenas a senadora Rosana Martinelli (PL) defende a cassação do ministro. Jayme Campos (União) e Margareth Buzetti (PSD) aparecem como indefinidos.

A ex-prefeita de Sinop já travou embates contra o STF, especialmente com o ministro Moraes, que determinou a suspensão de seu passaporte e o bloqueio de suas contas bancárias. Ela é investigada no inquérito sobre os atos antidemocráticos ocorridos no dia 8 de janeiro, episódio que culminou em processos contra várias figuras políticas.

“Eu assinei o impeachment do Alexandre de Moraes porque acredito que tem que haver respeito entre os Poderes. Ele está invadindo competências que não são dele. Não votamos neles, nem para o Senado, nem para a presidência. Eles são guardiões da Constituição, mas não podem estar acima da Câmara Federal e do Senado,” afirmou a senadora.

Fonte: gazetadigital

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