Cuba amanheceu no escuro, neste sábado, 19, em razão de um colapso elétrico causado por uma falha na principal usina termoelétrica. O portal Cubadebate informou que, às 6h15 de ontem, ocorreu um novo desligamento total do sistema elétrico nacional.
Na sexta-feira à noite, autoridades relataram que a geração de energia estava em níveis mínimos. Microssistemas foram utilizados para ativar termelétricas e centrais flutuantes em algumas áreas.
Lázaro Guerra, diretor-geral de Eletricidade, declarou que o sistema ficou sem energia depois de uma falha na Usina Antonio Guiteras.
O ditador participou de uma reunião para supervisionar as instalações deficientes. Ele atribuiu o colapso energético ao bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos, justificativa apresentada por Cuba para todos os problemas que ocorrem na ilha desde a revolução comunista.
“Tudo acontece por causa das divisas que não temos, em virtude da perseguição financeira e do combustível que não temos por causa da perseguição energética”, afirmou o sucessor dos Castro.
Apagão em Cuba prejudica moradores de Havana
Na capital, Havana, com 2 milhões de habitantes, a maioria dos bairros ainda estava sem eletricidade ao amanhecer deste sábado. Apenas hotéis, hospitais e algumas residências com geradores tinham luz, conforme relatado por um fotógrafo da agência de notícias AFP. Os apagões, que já duram três meses, intensificaram-se e chegam a afetar até 50% da cobertura nacional.
A energia na ilha é produzida por oito termoelétricas antigas, frequentemente avariadas ou em manutenção, além de sete plantas flutuantes arrendadas de empresas turcas e de grupos eletrogêneos. Cuba enfrenta sua pior crise em 30 anos, com escassez de alimentos, medicamentos e apagões que comprometem a atividade produtiva.
Os apagões contribuíram para manifestações em 11 de julho. De acordo com a imprensa local independente, protestos recentes ocorreram em Sancti Spíritus e Holguín, em virtude da persistência dos cortes de energia.
Fonte: revistaoeste