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SPFW N58: Sou de Algodão destaca o artesanato na moda brasileira

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No dia 18 de outubro, às 19h30, Sou de marca presença na maior semana de moda da América Latina. O , que acontece na edição N58 da São Paulo Fashion Week (SPFW) no Pavilhão das Culturas Brasileiras do Parque do Ibirapuera, tem o tema Manualidades e conta com 12 estilistas parceiros para entregar 36 looks feitos com as técnicas manuais mais conhecidas.

A direção criativa é de Paulo Borges e o styling é assinado por Paulo Martinez. Continue lendo a fim de saber mais sobre o movimento, que destaca o poder transformador das mãos que tecem histórias, desde o bordado até o crochê, evidenciando como a moda pode ser uma expressão de autenticidade e uma para impulsionar a economia criativa local.

Como será a participação de Sou de Algodão no SPFW N58?

Os looks que serão desfilados trazem técnicas como crochê, tricô, macramê e aplicações. Além disso, pelo menos 70% da matéria-prima usada é algodão. A paleta de cores traz tons terrosos, que vão do marrom até o cru, assim como tonalidades naturais e mostarda.

“A manualidade na moda brasileira nunca foi deixada de lado. Sempre foi protagonista, por mais sutil que ela seja usada em uma coleção, podendo ser dentro de um acabamento, um bordado ou estando mais a vista, como crochê, tricô ou macrame”, explica Martinez. De acordo com ele, o hand made acrescenta muito para moda nacional, já que é uma coisa “nossa”.

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Relembre o desfile da Sou de Algodão no SPFW de 2023

Fotos: Ze Takahashi @agfotosite

Relembre o desfile da Sou de Algodão no SPFW de 2022

Fotos: Agência Foto Site

O que esperar do desfile da Sou de Algodão no SPFW de 2024?

Em seguida, conheça os 12 estilistas que fazem parte do desfile. Dentro do tema, cada um se baseou no próprio DNA da marca para criar três looks exclusivos:

1. Adriana Meira

Com sangue baiano, a estilista é conhecida por relacionar sua moda com as religiões de matriz africana. Desse modo, a principal característica da produção para o desfile Sou de Algodão é a inspiração do celestial.

“Eu quis que fosse algo mais etéreo e acho que a paleta dos marrons, amarelos e rosê me trouxe uma liberdade e uma oportunidade de fazer algo diferente do meu habitual. A sobreposição de tecidos é uma homenagem à minha avó, que fazia colchas de retalhos, e juntei com as flores imaginárias do sertão de onde eu venho para arrematar o desenho”, contou.

2. Ateliê Mão de Mãe

Dos criadores Vinicius Santana e Patrick Fortuna, o Ateliê Mão de Mãe celebra mais uma vez a sua parceria com o movimento, trazendo a sua técnica central na produção: a manualidade do crochê. Com dois looks femininos e um masculino, e muitos shapes, texturas e pontos, a força da mulher  é destacada na passarela.

“Nós quisemos evidenciar de fato a nossa participação nesse desfile como uma grande celebração. Sou de Algodão é um grande parceiro nosso desde sempre, então fazer esse desfile e ter esse contato com o movimento faz todo o sentido para nós enquanto marca, e acredito que vão gostar bastante dos looks. Todas as peças são inéditas, os shapes estão incríveis, super bem acabados e vão causar um impacto visual muito bonito no desfile”, completa Patrick.

3. Catarina Mina

Com 18 anos de trabalho no cenário da moda manual, Catarina Mina traz a essência da mulher cearense e artesã para três looks femininos carregados de significado. A arte do bilro, que produz um tipo de renda originária do Brasil, é a técnica central dos três looks criados pela fundadora da marca, Celina Hissa.

“Essa arte carrega séculos de tradição, transmitida de geração em geração, por artesãs que dedicam suas vidas a essa forma de expressão. É uma homenagem à arte tradicional que une história, cultura e moda de maneira singular. Com uma paleta de cores quentes, repleta de tons terrosos e mostardas, a coleção resgata a essência dessa técnica milenar, trazendo à tona a beleza e a delicadeza que o bilro representa”, afirma Celina.

4. David Lee

Trazendo o design autêntico e atemporal de sua alfaiataria utilitária, o estilista cearense David Lee inspira-se na representatividade da flor do algodão para produzir a tipologia do crochê. “Temos três looks feitos totalmente em crochê. Com uma jaqueta, um vestido e um blazer com calça, trouxemos unidade para todas as peças por meio da aplicação de flores e das amarrações”, diz.

5. Heloisa Faria

Nascida e criada em São Paulo, Heloisa Faria cria uma moda feminina, feminista e consciente, além de ser defensora do upcycling. Para os três looks do desfile Sou de Algodão, a estilista se inspirou em manualidades, como o macramê, para trazer texturas.

“Tecidos de jacquard com franjas entram em modelagens de alfaiataria, e o tear manual conta histórias de paisagens do interior do Brasil. O tear, feito com fios 100% de algodão, vem como escudo e lembranças de outros Brasis”, explica.

6. Igor Dadona

Conhecido pela alfaiataria masculina sofisticada, o estilista paulista Igor Dadona traz o melhor de dois mundos ao juntar o quadriculado de sua marca com os bordados e florais do tema do desfile.

“Serão três looks, dois masculinos e um feminino, bem ricos e com sincronia entre si, nas cores bege, vermelha e marrom. O quadriculado é todo feito a mão, e é a cara da minha marca, mas com a identidade do Sou de Algodão”, contou.

7. João Pimenta

Mineiro de nascença e paulista de criação, João Pimenta é sem dúvida um dos nomes mais conhecidos da alfaiataria masculina. Para o desfile Sou de Algodão na SPFW N58, o estilista criou seus looks pensando em uma forma de retribuir a parceria com o movimento. Por isso, as flores são as protagonistas.

“Criamos três looks full florais. Serão apresentados um casaco, uma calça, saia e jaqueta e um vestido com calça. Além da estampa, terão um trabalho manual de volumetria e, para nós, eles representam o ato de enviar flores. Por isso, o nome da nossa produção para o Sou de Algodão é ‘Vejo flores em você’”, explica.

8. Martins

O criativo da marca, Tom Martins, natural da Zona Norte da capital paulista, celebra a brasilidade e os trabalhos manuais com o patchwork, técnica famosa no artesanato nacional, com três looks cheios de recortes e quadrados.

“Seguimos a cartela de cores definida pelo movimento, com tons mais terrosos. Com os materiais, fizemos um jogo de tabuleiro de xadrez, com a cor branca de fundo. As peças também trazem muito o jeans e o conceito de oversized, com muita amplitude e bolsos, que é a cara da marca”, destaca.

9. Ronaldo Silvestre

Nascido em Minas Gerais e criador do Instituto ITI, organização sem fins lucrativos que promove a transformação social, o estilista traz um vestido longo de malha, com godês desconstruídos, e uma maxi jaqueta de tramas de viés de sarja resinada na cor terra.

“A minha inspiração foi em tramas e afetos. Tecidos transformados em viés, viram fios para tramas artesanais para casaco, saia e vestido. Um outro olhar sobre o feito à mão”, explica.

10. Thear

A estilista goiana Theodora Theo, criadora e criativa da marca atemporal e autoral Thear, é conhecida por trazer as fibras naturais para as suas produções. Para o desfile Sou de Algodão, Theodora traz três looks inspirados no cerrado, com crochês não contínuos trabalhados nos tons terrosos.

“Criamos seres para dar vida às representações da natureza. Tem uma questão meio lúdica em cada look, com muita textura, design e perfis. Tem um experimento grande em cima de técnicas, de pontos e de texturas também. Os três looks são 100% crochê e algodão”, completa Theodora.

11. Walério Araújo

Com uma carreira de 33 anos e conhecido pela sua ousadia na moda, o pernambucano Walério Araújo traz o conceito da mulher sofisticada e do red carpet para as suas criações em algodão e com capim – que substitu as suas plumas de costume.

“Vou costurar o capim no formato de franjas, intercalando com babados. Eu quero trazer essa minha moda, essa minha mulher associada ao glam e à noite, então, também aparecem os bordados e as contas de madeira”, explica.

12. Weider Silveiro

O designer piauiense, que leva para a sua marca homônima peças de alfaiataria com detalhes geométricos, minimalistas e artesanais, apresenta looks 100% femininos e ancestrais. Dentro da paleta de cores definida, o estilista escolheu as que estão sempre presentes em seus trabalhos.

“Desenvolvemos algo bem romântico, com elementos como ráfia, que é a fibra têxtil de palmeiras, e flores. Ao mesmo tempo em que possui uma pegada urbana, a coleção também pode ser tribal”, explica.

“Estar presente novamente na passarela do SPFW é uma honra para Sou de Algodão. O movimento, que nasceu no evento, em 2016, tem se fortalecido a cada ano e mostrado o quanto a fibra nacional deve e merece ser valorizada. Ao unir moda, arte, história e criatividade, conseguimos chamar atenção do público e do mercado, que estão mais abertos ao uso de peças conscientes e responsáveis”, comenta Alexandre Pedro Schenkel, da Abrapa.

Nesta edição, a SPFW tem como tema “As Joias da Rainha”, fazendo uma homenagem à jornalista, editora e diretora criativa Regina Guerreiro, destacando assim o valor da memória como instrumento de futuro para as novas gerações da moda brasileira.

Ficha técnica do desfile Sou de Algodão no SPFW N58

Sobre Sou de Algodão

Movimento criado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), em 2016, para despertar uma consciência coletiva em torno da moda e do consumo responsável. Para isso, a iniciativa une e valoriza os profissionais da cadeia produtiva e têxtil, dialogando com o consumidor final com ações, conteúdo e parcerias com marcas e empresas. Outro propósito é informar e democratizar o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que segue rigorosos critérios ambientais, sociais e econômicos e certifica 82% de toda a produção nacional de algodão.

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Fonte: fashionbubbles

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