A série Call of Duty é uma das mais populares entre os fãs de jogos eletrônicos – tanto que toda a disputa entre Sony e Microsoft sobre a aquisição da Activision Blizzard parece girar em torno da exclusividade da franquia de tiro – e com Modern Warfare II, a produtora Infinity Ward mostra que é quem realmente entende como se faz um COD de sucesso.
“Videogame pipoca”
O jogo é sequência direta de Modern Warfare, de 2019, e ao contrário dos recentes Black Ops Cold War e Vanguard, adota uma ambientação de guerra atual, com uma trama cinematográfica em diferentes partes do mundo, muita ação, explosões e personagens bem caracterizados – por mais estereotipados que sejam seus militares, agentes secretos e traficantes de armas. É a versão videogame do “cinema pipoca”, e funciona muito bem! Por sinal, a dublagem brasileira ajuda e muito a colocar o jogador no clima do thriller militar.
Como era de se esperar, há momentos de bastante violência, mas quem temia uma nova missão polêmica ao estilo “No Russiam”, do COD: Modern Warfare 2 antigo, pode ficar tranquilo: o mais perto disso fica por conta da cena pós-créditos, que não é jogável, mas que já prepara o palco para a inevitável parte III.
O modo para um jogador serve também para a produtora experimentar com novas mecânicas – há fases de avião, outras em que é preciso guiar um colega através das cãmeras de segurança, trechos de perseguição com veículos e assim por diante – mas as mais legais envolvem improvisar com um arsenal de granadas ou mesmo fabricando suas próprias armas com recursos coletados no cenário – mecânica que deve estar bastante presente no modo DMZ de COD Warzone 2.0, que chega agora no meio de novembro.
A campanha, que explora uma trama de roubo de mísseis norte-americanos por forças russas, terroristas e sua ligação com o narcotráfico de um poderoso cartel mexicano, é só o começo da diversão: Modern Warfare II traz muitas modalidades multiplayer inéditas, como um modo em terceira pessoa, outro em que é preciso resgatar companheiros abatidos e um modo de guerra que lembra uma versão em escala do rival Battlefield, com tanques e outros veículos disputando o território.
Multiplayer envolvente
Mas o bom mesmo são os modos multiplayer já conhecidos: mata-mata em equipe, baixa confirmada, dominação e outros velhos de guerra que fazem a alegria dos jogadores desde sempre. Com regras bem conhecidas e mapas divertidos e projetados tanto para confrontos rápidos quanto para os jogadores explorarem rotas criativas, o multiplayer brilha por conta dos sistemas robustos e refinados de tiroteio, os muitos equipamentos disponíveis para o jogador e a progressão tanto do operador quanto das armas, além de todo um novo sistema de armeiro para personalizar o arsenal.
Outra experiência que retorna, mais refinada, é o modo Operações Especiais, com missões para dois jogadores em mapas grandes e cheios de possibilidades e segredos. Usar veículos e agir furtivamente ou chegar detonando tudo são todas opções válidas nestas missões especiais. Pena que são poucas, mas nada impede a Infinity Ward de incluir novas fases cooperativas no futuro.
Veredito
Call of Duty: Modern Warfare II acerta em cheio ao se manter fiel aos sistemas de jogo que fazem o sucesso da série – é muito bom manejar e atirar com seu arsenal, a movimentação dos personagens é veloz mas não exagerada e há uma progressão constante no multiplayer – ao mesmo tempo em que se arrisca a experimentar novidades, principalmente no modo campanha.
Modern Warfare II é um jogo de tiro excelente, o melhor Call of Duty dos últimos anos, que entrega um pacote completo, com muito conteúdo e diversão online garantida para os próximos doze meses ou mesmo além deles.
Call of Duty: Modern Warfare II está disponível para PC, PS4, Ps5, Xbox One e Xbox Series X/S.
*Esta análise foi feita no Xbox Series X, com uma cópia do jogo gentilmente cedida pela Activision.
Fonte: terra.com.br/gameon