A deputada federal Julia Zanatta (PL-SC) afirmou que a declaração do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, , configura crime de “antissemitismo”. A parlamentar deu a declaração na edição desta sexta-feira, 11, do .
Em evento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizado na última terça-feira, 8, o ministro afirmou que essas “interferências” barraram uma licitação no governo federal vencida por uma empresa de Israel.
“Judeus venceram uma licitação, mas, por questões ideológicas, não podemos aprovar”, disse José Múcio Monteiro. “Temos uma munição no Exército que não usamos. Fizemos um grande negócio. A venda foi vetada porque, senão, o alemão vai mandar para a Ucrânia, e a Ucrânia vai usar contra a Rússia. E a Rússia vai mexer nos nossos acordos de fertilizantes.”
Nesta quinta-feira, 10, a Procuradoria-Geral da República (PGR) .
A deputada solicitou à PGR “a instauração de procedimento investigativo”, a fim de “assegurar a responsabilização de qualquer ato discriminatório”.
“Optamos por fazer a denúncia e o requerimento de informação, para saber quais foram essas questões ideológicas”, afirmou a parlamentar. “O próprio Supremo Tribunal Federal [STF] já determinou que o antissemitismo é um tipo de racismo. Estamos tratando o assunto como algo muito grave.”
Ainda de acordo com Julia Zanatta, desde o primeiro dia de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha com base em “revanche”, com o objetivo de deixar o brasileiro “desconfiado” das instituições.
A declaração de Múcio causou inquietação no governo. Conforme apurou , .
Na avaliação do Itamaraty, o ministro não precisaria ter mencionado o certame. Ele teria dado a entender que o Planalto “tem lado” na queda de braço entre Israel e Hamas.
Fonte: revistaoeste