O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) conseguiu eleger 43 militantes e 90 políticos comprometidos com o grupo nas eleições municipais de 2024.
No , por exemplo, Maíra do MST (PT), professora e historiadora, foi eleita vereadora, com 14,6 mil votos.
Ela propõe projetos para supostamente combater a fome, com base nas cozinhas comunitárias do movimento. No Rio Grande do Sul, Emerson Giacomelli (PT), coordenador do Grupo do arroz Agroecológico Terra Livre, foi o vereador mais votado em Nova Santa Rita.
Ele obteve 820 votos. O município tem cerca de 20 mil eleitores. Em Maricá (RJ), por sua vez, o grupo elegeu o prefeito Washington Quaquá (PT), que atualmente é deputado federal.
Em 2024, o MST lançou 250 candidaturas próprias nas eleições municipais. A primeira incursão do grupo militante de invasores na política institucional aconteceu em 2022, com candidaturas para deputado estadual e federal.
A maioria das vitórias do MST ocorreu em cidades menores. Em Igrapiúna (BA), o novo vice-prefeito é Nildo do MST (PT). Lucy do MST (PT) foi a candidata mais votada em Iguaí (BA). No Pará, Tito do MST (PT) foi eleito para uma das 17 cadeiras da Câmara de Parauapebas. A cidade é considerada a “capital do minério”.
João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST, afirmou ao jornal o globo que houve o avanço do campo “progressista” para recuperar espaço depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016.
Ele ainda lamentou ao dizer que a esquerda sofreu “derrotas ideológicas” nos últimos anos. De acordo com ele, muitos partidos progressistas ainda não conseguiram se recuperar depois do avanço da direita.
Segundo Rodrigues, depois da vitória de candidatos do MTS nestas eleições, houve uma mobilização extensa para impedir o que ele chamou de “avanço da direita” em invasões promovidas pelo grupo.
Fonte: revistaoeste
