Pedro Paulo destacou que sua motivação parte de um sentimento de mudança e renovação, impulsionado pela insatisfação com a atual gestão da OAB-MT. “A democracia exige alternância de poder. Cada advogado com quem conversamos, principalmente no interior, demonstra sua vontade de ver uma Ordem mais presente e atuante em prol da nossa profissão”, comentou.
O pré-candidato também fez duras críticas ao modo como a instituição está sendo conduzida, mencionando gastos elevados com festas, a falta de transparência e a criminalização de advogados que questionam a administração. “A Ordem precisa ser mais inclusiva e transparente, prestando contas à advocacia de forma clara. O que estamos vendo acontecer são algumas ações que beneficiam somente uma pequena parcela, os mais próximos, e outras que prejudicam uma grande maioria, que foi o caso do termo de cooperação firmado entre a OAB-MT e Amam”, enfatizou Peixoto, se referindo ao documento que determina que as denúncias feitas por advogados contra juízes e desembargadores sejam enviadas para a Associação Mato-grossense dos Magistrados (Amam) para análise prévia.
Pedro Paulo classificou a medida como “formalização da submissão da OAB ao Poder Judiciário”, o que fere a “liberdade de expressão e a defesa das nossas prerrogativas”. Conforme o termo de cooperação, além do teor da denúncia feita pelo advogado, a Amam também tem acesso aos dados do profissional que fez a reclamação formal à autarquia. Somente depois da análise prévia é que a autarquia realizará qualquer ação administrativa contra o magistrado.
“É fundamental que o gestou da OAB-MT assuma o compromisso com a valorização da advocacia, a defesa das prerrogativas e a transparência na gestão da OAB. Mato Grosso precisa de uma renovação que coloque a advocacia como protagonista, com mais voz ativa e menos submissão às instituições”, afirmou.
Fonte: leiagora