Com capacidade de gerar transtornos de ansiedade e depressão e impactar na saúde física das pessoas, provocando insônia, dores de cabeça, hipertensão, entre outros malefícios, o estresse financeiro também pode afetar negativamente as relações sociais. Ainda de acordo com a pesquisa, quando feito um recorte social, observa-se que essa realidade é ainda mais latente nas classes D/E. Isso porque, 61% desse público disseram que se sentem constantemente cobrados e sob pressão por seus gastos, 54% reconheceram que não têm boas noites de sono devido às preocupações financeiras, 44% admitiram ter discórdias em casa por problemas financeiros, e 31% assumiram que o dinheiro já foi motivo de briga com amigos e familiares.
Pare evitar esse cenário, o Sicredi auxilia associados e as comunidades onde está presente na busca e manutenção de uma relação saudável com o dinheiro. Neste mês, marcado pela campanha internacional Setembro Amerelo, que evidencia a importância do olhar atento e acolhedor para o bem-estar psicológico, falar sobre educação financeira também é uma maneira de auxiliar no aumento do bem-estar das pessoas e atenuar as questões que abalam a saúde mental.
Para se ter uma ideia, o cenário atual de endividamento dos brasileiros é preocupante, com um contingente perto de 60 milhões de pessoas nesta situação. “Desta forma estamos dizendo que cerca de 30% da população podem estar enfrentando questões como ansiedade, estresse, depressão e problemas nas relações conjugais”, pontua o consultor de Desenvolvimento do Cooperativismo do Sicredi, Eber Ostemberg. Ele complementa dizendo que problemas relacionados ao dinheiro são a segunda maior causa de divórcios no Brasil. “Isso reflete nitidamente a necessidade de se ter uma vida financeira sustentável, para uma melhor qualidade de vida”, resume.
E como conquistar essa vida financeira saudável e desenvolver um bom relacionamento com o dinheiro? De acordo com o consultor, o primeiro passo é listar as receitas e despesas mensais, fixas e variáveis, para se ter uma visão completa de como está a situação atual e se algum hábito precisa ser modificado. “Isso permite que se tenha uma fotografia da vida financeira e, a partir disto, é possível tomar as decisões necessárias, seja a reorganização financeira, a liquidação de dívidas ou a identificação de despesas que estejam estar sugando o orçamento ou ainda, numa situação mais positiva, iniciar ou melhorar a reserva financeira”, exemplifica.
Dessa forma, estabelecer um orçamento mensal que seja realista e que considere as necessidades e objetivos individuais é fundamental. Eber ressalta ainda que a criação de um fundo de emergência, ou seja, uma reserva financeira, proporciona uma rede de segurança que reduz a ansiedade financeira em momento de necessidade e imprevistos.
“Uma reserva de emergência é indispensável para se ter uma saúde financeira sólida, pois a pessoa fica amparada no enfrentamento de desafios financeiros. O ideal é poupar o equivalente a até seis meses de despesas. O montante deve ser suficiente para cobrir gastos como aluguel, contas essenciais, alimentação e saúde”.
A educação financeira tem um papel de destaque para isso. Compreender conceitos básicos como juros, inflação e investimentos pode auxiliar na tomada de decisões e no estabelecimento de metas financeiras. Com essa finalidade, o Sicredi desenvolve diversos trabalhos de consultoria e orientação aos associados e não associados de todas as faixas etárias, por meio de programas como Cooperação na Ponta do Lápis e Jornada de Educação Financeira nas Escolas.
Para além disso, disponibiliza outras ferramentas que ajudam nessa jornada. Em sua plataforma de educação financeira, o Sicredi disponibiliza o índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB), da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que fornece diagnóstico e parecer de saúde financeira, e conteúdos que auxiliam na jornada financeira.
“O Sicredi tem trabalhado em diversas frentes para auxiliar as pessoas a terem uma vida financeira mais sustentável. O dinheiro é uma parte real e importante do nosso dia a dia e a forma como lidamos com ele pode ter um impacto positivo ou negativo em nossa qualidade de vida. Isso depende dos nossos hábitos e do nosso comportamento em relação ao dinheiro”, finaliza o consultor.
Mais informações e conteúdos sobre educação financeira podem ser acessadas no site: https://vemprosicredi.com.br/.
Fonte: leiagora