Marcas sempre buscaram criar conexões emocionais com seus públicos, sejam eles consumidores, colaboradores ou potenciais clientes. Recentemente, essas “experiências de marca” vêm sendo potencializadas pela inteligência artificial, a famosa IA (ou para os mais adeptos da língua inglesa, AI).
A incorporação de novas tecnologias tem provocado uma transformação significativa no Live Marketing. No campo da inteligência artificial conversacional, na qual se enquadram os chatbots e assistentes virtuais, os robôs são capazes de responder a perguntas, recomendar produtos e oferecer suporte durante eventos ao vivo.
Durante o Web Summit Lisboa 2022, por exemplo, o Google utilizou seu assistente de IA para criar um estande interativo, onde os participantes podiam fazer perguntas sobre o evento, receber recomendações personalizadas e até se envolver em conversas mais profundas sobre a tecnologia da empresa.
Além disso, havia uma experiência baseada em lyp sync. Pela IA do Google, pasmem, câmeras compreendiam o que os lábios das pessoas cantavam e, dependendo da articulação, geravam uma nota que garantia ou não o acesso a uma vending machine lotada de brindes. Não era de se esperar menos de uma empresa que desenvolveu também uma IA capaz de criar músicas sem instrumentos físicos, apenas a partir da compreensão semântica do texto (MusicLm).
Falando em música, outros exemplos do uso da IA aconteceram no recentíssimo Rock in Rio 2024, um evento sempre recheado de experiências, games, brinquedos radicais, metaversos e que, edição a edição, vem se consolidando como uma referência em ativações de marcas.
No espaço Heineken Power Station, por exemplo, o público pôde se transportar para shows históricos do festival. A graça era ver isso como se estivesse no meio do público. Já a TIM trouxe um karaokê 5G, agrupando no estande da marca, por meio de holografia, participantes que estavam à distância, como uma banda que se encontra de verdade. Quem participava na Cidade do Rock estava lado a lado com que cantava de uma loja no shopping New York City Center.
Ainda no evento, a inteligência artificial também apareceu nos bastidores, revolucionando a segurança do festival. O aspecto mais inovador foi a velocidade e a eficiência na análise em tempo real das imagens captadas por mais de 100 câmeras e drones.
Como um rock pesado, que soa cheio de atitude aos ouvidos e bate forte no peito, a tendência é que as IA’s se integrem cada vez mais ao live marketing. De maneira bastante breve, espera-se que haja avanços práticos no uso de dados biométricos, reconhecimento de padrões e até mesmo nas análises preditivas, capazes de criar experiências que não só se adaptem em tempo real aos desejos do público, mas também antecipem seus anseios.
Com o avanço da IA, o marketing ao vivo atinge novos níveis de personalização e engajamento, proporcionando experiências cada vez mais imersivas, intuitivas e impactantes, impulsionadas por dados e tecnologia de ponta. A pauta, certamente, será protagonista nos maiores eventos de tecnologia do mundo, nos quais painéis dedicados à inteligência artificial, análise de dados e interatividade prometem debater e elucidar conceitos sobre marketing ao vivo e tecnologia. São as inteligências artificiais gerando experiências cada vez mais genuínas, reais e, sobretudo, marcantes para nós, humanos.
Fonte: gazzconecta