A Ira é um dos sete pecados capitais, o quarto que estamos abordando. Sua característica maior é a raiva incontrolável, a agressividade de alguém dirigida a outra pessoa, de modo impulsivo. O comportamento agressivo é impulsivo, incontrolável, direcionado alguém em determinadas circunstâncias, a bel-prazer do agressor, ou por retaliação em relação a determinado acontecimento, ou simplesmente por vingança.
O indivíduo irado é incapaz de controlar sua raiva e age impulsivamente na exteriorização de seu comportamento agressivo, sem importar-se com as possíveis consequências de seus atos.
A ira é despertada na quase totalidade dos seres humanos em algum momento da vida, mas na maioria das vezes rapidamente controlada, não constituindo uma anormalidade ou traço negativo do caráter. De tal forma, quando o comportamento raivoso não é usual e é seguido de arrependimento e pedido de desculpas, não pode ser enquadrado dentro desse traço malévolo da personalidade. Nesses casos, a ira aparece quando nos sentimos injustiçados ou ameaçados em certos momentos da vida.
A ira pode surgir por meio de um comportamento explosivo, pleno de raiva, através de agressividade em qualquer de suas formas – verbal, psicológica ou física. A conduta hostil pode levar a atos incontroláveis de violência, ou seja, comportamentos agressivos desmedidos e perigosos, com riscos reais à integridade corpórea e à vida da pessoa agredida, quando a ira ocorre por meio de agressividade física.
A pessoa irada é destituída de empatia. A base de seu comportamento é a agressividade e a violência. O ressentimento e o sentimento de vingança estão sempre presentes em sua vida.
Assim como nos pecados capitais anteriormente abordados, a ira também afasta pessoas, deixando o sujeito irado em companhia de sua própria raiva, que pode vir a ser direcionada para ele mesmo. Sintomas depressivos podem surgir e, por isso, muitas vezes, ele termina buscando ajuda profissional para aliviar a dor, um pouco daquela que já causou inúmeras vezes a outros.
As consequências são negativas tanto para o indivíduo irado, quanto para aqueles que são vítimas de sua ira. Há prejuízos à saúde física e mental. O descontrole e a impulsividade, mais cedo ou mais tarde, desfaz relacionamentos.
Há necessidade de a pessoa irada aprender a administrar emoções negativas, em busca do equilíbrio emocional e da saúde mental. A paciência com o próximo e o perdão a algo que julga ter sofrido devem ser metas a alcançar.
Quando há ajuda profissional, com bons resultados, o convívio social é retomado, com consideração e respeito ao próximo.
Fonte: primeirapagina
