Lindas e delicadas, a origem das orquídeas é muito mais antiga do que se pensava. Elas existem há mais de 80 milhões de anos, segundo pesquisa divulgada agora. Em todo mundo, elas somam mais de 30 mil espécies!
O botânico colombiano Oscar Pérez-Escobar, um dos coordenadores do estudo, disse que, tudo leva a crer, que as orquídeas surgiram na Laurásia, um continente que existiu no Hemisfério Norte há 130 milhões de anos e desapareceu. Mas as flores resistiram.
O estudo sobre a origem das orquídeas foi publicado na revista científica “New Phytologist” e com destaque na Fapesp, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.
Cientistas brasileiros e estrangeiros
Quarenta e seis pesquisadores do Brasil e mais 15 países participaram do estudo, promovido pelo Jardim Botânico Real de Kew, em Londres.
Foram 33 instituições, entre elas as universidades Estadual de Feira de Santana (UEFS), na Bahia, e da Federal do Paraná (UFPR).
Eles analisaram 353 amostras de DNA retiradas de 1.921 espécies, que representam 38% dos gêneros da família.
E nos últimos 5 milhões de anos, elas se modificaram muito. Também se adaptaram ao clima e à vegetação. São capazes de viver no calor dos trópicos, no deserto e no gelo.
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Indicações sobre a origem
As orquídeas se tornaram a segunda maior família de plantas do planeta. São quase 30 mil espécies no mundo.
Para sobreviver, dizem os especialistas de Kent, os diversos tipos de orquídeas desenvolveram aromas variados – como jasmim e até semelhante ao chocolate – para atrair os insetos polinizadores.
Galhos e troncos
A exemplo das bromélias e samambaias, pelo menos 90% das orquídeas vivem em galhos ou troncos de árvores, sobretudo em florestas tropicais.
Lugares em que a chuva é escassa são mais propícios para o surgimento dessas flores e, de acordo com o botânico Pérez-Escobar.
“É possível encontrar dez tipos de orquídeas em uma mesma árvores, cada uma adaptada a determinado ambiente ou parte da hospedeira, como tronco ou copa”, disse ele.
Só no Brasil, são mais de 2.600 espécies, das quais 60% concentradas na Serra do Mar e Mata Atlântica.
Fonte: sonoticiaboa