O ataque cibernético no Líbano, nesta terça-feira, 17, causou a explosão de pagers de membros do grupo terrorista Hezbollah e resultou em pelo menos 11 mortes e 4 mil feridos, segundo autoridades libanesas.
A ação, considerada inovadora em termos de tecnologia, gerou mais tensão na região, em meio a ataques do Hezbollah no norte de Israel e à incursão israelense na Faixa de Gaza, na guerra contra os terroristas do Hamas.
O ataque cibernético também feriu o embaixador iraniano no Líbano, Mojtaba Amani. O filho de um parlamentar local foi morto.
O Hezbollah atribuiu a iniciativa a Israel, que não assumiu a autoria e não deu declarações sobre o ocorrido.
Diante de uma nova ameaça de escalada, os Estados Unidos (EUA) pediram ao Irã que não use o incidente para aumentar as tensões regionais.
“Instamos o Irã a não aproveitar qualquer incidente, qualquer instabilidade… para aumentar ainda mais as tensões na região”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.
O ataque envolveu a explosão simultânea de centenas de pagers de membros do Hezbollah em cidades como Beirute e Damasco.
Segundo o The Jerusalem Post, a ação foi descrita pelos analistas como uma operação complexa que não poderia ter sido realizada rapidamente. Há grande possibilidade de ter havido colaboração de dentro do Líbano.
Tempestade de reações nas redes sociais
O Hezbollah afirmou que Israel foi o autor dos ataques e declarou que o país “receberá seu justo castigo”.
e permitem o recebimento de mensagens em áreas remotas.
Tais dispositivos ainda são utilizados justamente para evitar uma invasão inimiga, por serem mais antigos e menos visados.
O ataque expôs a vulnerabilidade do Hezbollah, relatou o Post. O jornal definiu o grupo terrorista como altamente treinado e disciplinado, “que agora enfrenta o caos depois da explosão dos dispositivos de comunicação de seus membros.”
Nas redes sociais, a notícia do ataque aos pagers gerou uma tempestade de reações, com vídeos mostrando homens feridos nas ruas e momentos das explosões circulando amplamente.
Fonte: revistaoeste
