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Advogado denuncia acordo que protege magistrados em Mato Grosso: Entenda a polĂȘmica OAB-MT e AMAM

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O advogado Pedro Paulo Peixoto denunciou nesta segunda-feira (16) um termo de cooperação assinado pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) que determina que as denĂșncias feitas por advogados contra juĂ­zes e desembargadores sejam enviadas para a Associação Mato-grossense dos Magistrados (Amam). Somente depois dessa anĂĄlise prĂ©via Ă© que a autarquia realizarĂĄ qualquer ação administrativa contra o magistrado.

“Antes de qualquer outra medida administrativa interna corporis, os signatĂĄrios encaminharĂŁo Ă  ComissĂŁo Mista de Defesa das Prerrogativas, para efeitos de cooperação bilateral entre as instituiçÔes, reclamaçÔes recebidas de advogados e/ou magistrados que envolvam a interface profissional de ambas as classes”, diz trecho do acordo assinado pela presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, e a presidente da Amam, Maria Rosi de Meira Borba, em fevereiro de 2023.

Em suas redes sociais o advogado classificou a medida como “formalização da submissĂŁo da OAB ao Poder JudiciĂĄrio”, o que fere a “liberdade de expressĂŁo e a defesa das nossas prerrogativas”. Conforme o documento, alĂ©m do teor da denĂșncia feita pelo advogado, a Amam tambĂ©m tem acesso aos dados do profissional que fez a reclamação formal Ă  autarquia.

Segundo o termo assinado, o objetivo Ă© atuar em casos concretos para “evitar”, entre outros fatores, o “desgaste institucional” da OAB-MT e da Amam. “A OAB de Mato Grosso estĂĄ de joelhos diante do JudiciĂĄrio. Isso Ă© a maior afronta Ă s nossas prerrogativas, um desrespeito Ă  nossa profissĂŁo”, criticou Pedro Paulo.

“Se vocĂȘ fizer hoje uma denĂșncia na OAB sobre algum magistrado, antes dessa denĂșncia seguir adiante ela terĂĄ que ser chancelada pelos magistrados. Isso mesmo, antes dessa denĂșncia ser recebida, os nobres magistrados, inclusive o que porventura vier a ser denunciado, poderĂŁo conhecer o teor e o autor da denĂșncia. Em resumo, a OAB estĂĄ pedindo permissĂŁo ao JudiciĂĄrio para representar magistrados”, pontuou Pedro Paulo.

De acordo com Peixoto, a categoria nem mesmo foi comunicada pela atual gestĂŁo sobre a assinatura desse termo. TambĂ©m nĂŁo foi realizada consulta prĂ©via antes da formalização da “cooperação” com a Amam. “Um termo que nunca deveria ter existido e deve permanecer apenas nas nossas piores memĂłrias como um alerta de que nĂŁo se pode transigir com as prerrogativas e direitos dos advogados”.


 
Da assessoria

Fonte: leiagora

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