A candidata do Novo à Prefeitura de São Paulo, Marina Helena, falou em da Revista nesta quarta-feira, 11, sobre a criação do projeto “Lava Jato paulistana”. A proposta da economista, se eleita, é aumentar transparência nas contas públicas e nos contratos firmados pelo Estado.
“Hoje, um dos maiores problemas da cidade é a má terceirização”, disse Maria Helena a . “Uma concessão, terceirização malfeita é pior do que prestar o serviço diretamente pelo setor público.”
A candidata do Novo defendeu a ideia de que os contratos sejam bem elaborados e que haja “transparência radical”.
“Hoje, há mais de 90 organizações sociais que recebem milhões da prefeitura para cuidar da cracolândia”, afirmou. “O que elas fazem? Onde elas vivem? O que elas comem? Não sabemos.”
“Nós tentamos obter essas informações via gabinete da nossa vereadora, perguntando o que fazem e qual a taxa de retorno para sociedade”, acrescentou. “[Não obtivemos] Nenhuma resposta.”
A candidata afirmou ainda que a Prefeitura de São Paulo é uma espécie de “caixa-preta”. “A gente vai trazer a luz do sol, que é o melhor desinfetante”, destacou.
Ainda sobre a “Lava Jato paulistana”, Maria Helena falou sobre a renovação de contratos de poda de árvores na cidade de São Paulo. A economista destacou que a falta de manutenção em troncos foi um dos motivos que provocaram o apagão na capital paulista, em novembro do ano passado.
“Eu entrei contra a prefeitura quando quiseram renovar os contratos de poda de árvores aqui na cidade em pleno apagão”, disse. “[…] Eles tentaram renovar os contratos com as empresas vigentes sem licitação, sendo que retirar uma árvore aqui na cidade custa R$ 28 mil, e no restante do Brasil, R$ 2 mil.”
A proposta da candidata é trabalhar em conjunto com o Ministério Público e com o Tribunal de Contas da União (TCU) para melhorar o serviço terceirizado na capital paulista.
“Não tenho dúvidas que, ao longo desse processo, a gente vai descobrir muita corrupção também, porque com esse número de contratos que a gente tem sem nenhuma licitação e por esses valores abusivos, do pouco que a gente conseguiu ter alguma transparência, vamos ter muita gente na cadeia”, concluiu.
Fonte: revistaoeste