Depois de se destacar como alternativa ao Twitter/X no Brasil, o Bluesky deve lançar novidades para agradar e atrair mais usuários brasileiros, conforme informou a cofundadora Rose Wang ao jornal Folha de S.Paulo.
Desde o último sábado, 31, a plataforma recebeu mais de 2,6 milhões de brasileiros depois da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo tribunal Federal (STF), de bloquear a rede de Elon Musk. O BlueSky, no entanto, também não tem um representante legal no Brasil — uma das implicações que culminaram na queda do Twitter/X.
Segundo Rose, nas próximas semanas, a empresa planeja introduzir perfis privados, vídeos e o sistema de trending topics — assuntos mais comentados na plataforma. A gestão do aplicativo quer, ainda, contratar mais funcionários, para garantir a estabilidade do serviço, diante do aumento de usuários.
Rose afirmou à Folha que os feeds personalizados do BlueSky oferecem mais controle ao usuário do que os concorrentes, baseados em algoritmos. Ela também destacou que o modelo de código aberto da plataforma permite que os usuários levem seus dados e amigos para outras redes, mesmo se a empresa for adquirida por outra.
O conflito entre a Justiça e o Twitter/X
O conflito entre o STF e o Twitter/X impulsionou a adesão ao Bluesky no Brasil. A ausência de um representante legal no país é uma das preocupações da corte. Wang garantiu que a empresa em pleno trabalho com entidades locais para estabelecer representações e operar em conformidade com as leis brasileiras.
Ela também declarou que, mesmo que o Twitter/X seja reativado, o Bluesky continuará a investir em funcionalidades importantes para os brasileiros. O aplicativo de rede aberta, com código público, permite a contribuição de desenvolvedores. Um desenvolvedor brasileiro já criou uma extensão de trending topics para navegadores.
Fonte: revistaoeste