Conforme o órgão federal, enquanto os bombeiros atua no entorno da Terra Indígena, brigadistas do Prevfogo dos estados do Mato Grosso e do Ceará trabalham na extinção dos focos dentro da Terra Indígena, que pertence ao município de Barão de Melgaço (110 km de Cuiabá). A Terra Indígena tem 20 mil hectares.
A Operação Integrada Pantanal Norte é formada por Instituto Chico Mendes, Ibama, Corpo de Bombeiros do Estado e Sesc Pantanal, atua em mais outros quatro setores, que abrangem a RPPN Sesc Pantanal, a TI Perigara, a Fazenda São Francisco Perigara, a Fazenda Acori e as imediações do rio Cuiabá. Ao todo, mais de 200 profissionais de instituições como ICMBio, Ibama, CBM, Sinfra, Exército, Força Nacional e brigadistas de fazendas estão envolvidos no combate.
O trabalho é apoiado por quatro aviões air tractor (Defesa Civil e ICMBio); um avião do Sesc e dois helicópteros (ICMBio). Em solo, os combatentes contam com caminhões-pipa, tratores e auto-bomba florestal (ABTF) e 17 pás carregadeiras, 11 delas do Sesc Pantanal, que também apoia com combustíveis, alojamentos e refeições para os brigadistas da Operação.
Com o auxílio de tratores e pás-carregadeiras, os brigadistas constroem linhas de defesa. O objetivo é deixar uma faixa do solo sem vegetação, de forma a evitar que o capim, a grama e o material orgânico das árvores, arbustos e solo ajudem a propagar o fogo.
O combate direto é realizado por brigadistas, que contam com um helicóptero disponibilizado pelo Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAer), para infiltração nas áreas mais inacessíveis por via terrestre. Um helicóptero do ICMBio equipado com bambi bucket faz lançamentos de água que resfriam a vegetação e ajudam os brigadistas em solo, bem como dois aviões do tipo air tractor disponibilizados pela Defesa Civil.
“As condições climáticas desfavorecem bastante o combate, já que enfrentamos temperaturas muito altas, baixa umidade e combatemos em regiões que estão há mais de 100 dias sem chuva. Contudo, estamos nos esforçando para dar a resposta institucional de maneira integrada e conjunta para maximizar os esforços”, disse a comandante do incidente pelo ICMBio, Camila Lobo.
Os helicópteros ainda transportam alimentação para equipes em campo e para os indígenas da TI Baía dos Guatós. Foram fornecidos alimentos como arroz, feijão, macarrão, farinha de trigo e fubá, carne bovina, frango, leite, legumes e verduras (batata, cenoura, tomate), pão, biscoitos, dentre outros.
“Entendemos que situações como essas deixam comunidades isoladas e com suas atenções voltadas ao combate, para evitar que seus meios de subsistência sejam atingidos”, afirma o comandante do incidente pelo Ibama, Cássio Tavares.
Fonte: leiagora