O Ministério da Justiça nomeou o delegado da Polícia Federal José Fernando Moraes Chuy como novo corregedor da . É função do corregedor prevenir e apurar irregularidades no âmbito administrativo.
Chuy já atuou como auxiliar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O Diário Oficial da União publicou a nomeação nesta segunda-feira, 2. Conforme o jornal O Globo, a informação não foi bem recebida pela União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin.
A entidade classificou a indicação de um corregedor-geral “oriundo de fora dos quadros da agência” como “preocupante, injustificada e um desprestígio dos servidores orgânicos da Abin”.
Entre outras responsabilidades, Chuy terá de conduzir eventuais procedimentos do caso da “Abin paralela”, estrutura que teria funcionado no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para, supostamente, proteger seus filhos, espionar autoridades e questionar o sistema eleitoral.
Em sua carreira como funcionário público, Chuy registra diversas ligações com Moraes. Em maio do ano passado, o ministro o escalou, por exemplo, para a chefia da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Neste cargo, Chuy permaneceu no cargo até junho deste ano, quando a ministra Cármen Lúcia assumiu a presidência do TSE e alterou a estrutura.
Segundo revelou o jornal Folha de S.Paulo, a estrutura no TSE foi usada como um braço investigativo do gabinete do ministro Moraes no .
Chuy e Moraes também trabalharam juntos quando o delegado foi secretário-executivo do Conselho Nacional de Combate à Pirataria, estrutura subordinada ao titular do Ministério da Justiça, que na época tinha Moraes como titular.
Outro vínculo conhecido relaciona-se ao fato de que o ministro do STF redigiu a apresentação do livro Operação Hashtag: A Primeira Condenação de Terroristas Islâmicos na América Latina. Chuy escreveu a obra e a publicou em 2018.
Fonte: revistaoeste