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ONG internacional critica Lula, Petro e Obrador por violações de direitos humanos na Venezuela

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A fez duras críticas às propostas dos presidentes do , da Colômbia e do México para solucionar a crise eleitoral na . Em uma carta divulgada nesta terça-feira, 27, a organização questionou a viabilidade das sugestões.

Segundo a HRW, representada por Juanita Goebertus Estrada, há sérias preocupações sobre a repetição das eleições, a confiança no Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano e a concessão de anistia geral.

A carta afirma que as eleições presidenciais de 28 de julho, que supostamente deram vitória ao ditador Nicolás Maduro, foram marcadas por “graves irregularidades e violações de direitos humanos”.

Desde o anúncio dos resultados, Maduro intensificou a repressão contra a oposição e a sociedade civil. A HRW informou que 23 manifestantes e transeuntes, além de um integrante da Guarda Nacional Bolivariana, morreram durante os protestos. Mais de 2 mil pessoas foram detidas, das quais 1,5 mil permanecem presas, incluindo 130 crianças e 20 pessoas com deficiência.

A HRW destacou que o número atual de prisões arbitrárias na Venezuela é sem precedentes, superando as taxas de detenções das manifestações de 2014 e 2017. A proposta de repetir as eleições, defendida por Lula e Petro, foi criticada por desrespeitar a vontade popular e não resolver problemas de transparência e integridade.

As críticas às propostas para a Venezuela

Ex-presidente da Colômbia:'Lula abriu as portas para Maduro, mas foi enganado'
Lula Nunca Se Posicionou Contra A Ditadura De Nicolás Maduro Na Venezuela | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A confiança no TSJ, proposta pelos governos de Brasil, Colômbia e México, também foi alvo de críticas. A HRW apontou a falta de independência e credibilidade do tribunal, conforme relatado por especialistas e organismos internacionais.

A organização lembrou que o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, identificou fatores que comprometem a imparcialidade dos juízes do TSJ.

A proposta de anistia geral na Venezuela, sugerida por Petro, foi igualmente criticada. A HRW argumentou que uma anistia ampla violaria o Direito Internacional e prejudicaria os direitos das vítimas de atrocidades do regime. A organização enfatizou que, conforme o Direito Internacional, governos têm a obrigação de investigar e processar graves violações de direitos humanos.

“A Missão de Apuração de Fatos da ONU sobre a Venezuela — assim como organizações de direitos humanos na Venezuela e no exterior — documentou repetidamente graves violações dos direitos humanos no país”, afirma o texto.

“A Missão identificou motivos para acreditar que membros do governo Maduro cometeram crimes […] O TPI também está atualmente investigando os graves crimes cometidos no país, incluindo detenções arbitrárias, tortura, assassinatos e violência sexual perpetrados pelas forças de segurança desde 2017”, acrescentou.

A HRW concluiu a carta ao instar os presidentes Lula, Petro e López Obrador a focarem seus esforços em “garantir o respeito à vontade popular expressa nas eleições de 28 de julho” e em pressionar por uma “verificação independente e imparcial dos resultados”.

Fonte: revistaoeste

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