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Israel segue busca de reféns em impasse com o Hamas: últimas atualizações

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Enquanto a negociação entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo em Gaza, vez, travava, o refém Qaid Farhan Alkadi, de 52 anos, era resgatado nesta terça-feira, 27, em Rafah.

Israel, neste sentido, retoma à velha frase de David Ben-Gurion (1886-1973), líder que se tornou primeiro-ministro de Israel nos tempos em que combatia os nazistas, nos anos 1930 e 1940, aliado aos ingleses.

Em outra frente, Ben-Gurion lutava para que os ingleses permitissem que os judeus imigrassem para Israel e abolissem o Livro Branco, documento que impedia tal imigração, já que eram os ingleses que tinham o controle da região, depois da Guerra Mundial (1914-1918).

“Israel deve lutar contra os nazistas como se não houvesse o Livro Branco e, ao mesmo tempo, precisa lutar contra o Livro Branco como se não houvesse o nazismo.”

Isto, neste momento, significa que, em paralelo a qualquer negociação, tanto as Forças de Defesa de Israel (FDI) quanto o Shin Bet continuam na busca da libertação dos reféns pelos seus próprios meios.

“As Forças de Segurança israelenses continuarão a operar com todos os meios para trazer os reféns para casa”, declara nota das FDI, depois do resgate de Alkadi.

A frase de Ben-Gurion voltou a ser repetida, de outra maneira, nos anos 1980 e 1990, depois das Intifadas que reivindicavam a saída de Israel dos territórios palestinos, em Gaza e na Cisjordânia. Quem a remodelou foi um de seus maiores admiradores: Shimon Peres (1923-2016), que aos 20 anos conheceu Ben-Gurion.

O líder israelense viu em Peres um jovem promissor e o chamou para ser secretário do Mapai, partido fundado por seu grupo.

Peres ascendeu politicamente e, mesmo com dificuldades em se manter como primeiro-ministro, por questões eleitorais, ocupou o cargo em três ocasiões (1977; entre 1984 e 1986; e entre 1995 e 1996, depois da morte do primeiro-ministro Yitzak Rabin, assassinado em 1995).

Frase remodelada

Já no auge, nos anos 1970 e 1980, Peres ocupou, entre outros, os cargos de ministro da Defesa (1974-1977) e ministro das Relações Exteriores (1986-1988).

Em 1993, foi assinado o Acordo de Oslo. Peres foi um dos seus mentores, junto com Rabin, equipe e o líder palestino Yasser Arafat. Formalizado em 1993, o documento determinava um entendimento com a para a Libertação da Palestina (OLP).

Foi nessa época que Peres, , repetiu a frase de Ben-Gurion, que já vinha sendo seu mantra, com outro direcionamento.

“Devemos lutar pela paz como se não houvesse o terrorismo e devemos lutar contra o terrorismo como se não houvesse negociação de paz.”

Neste momento, o de Israel, passa a seguinte mensagem, numa conduta que sempre esteve presente na política local, em meio a um clima de . Israel, em sua trajetória, sempre precisou caminhar na linha entre diplomacia e guerra.

“Vamos continuar na busca das negociações como se não houvesse reféns e vamos continuar na busca dos reféns como se não houvesse negociações”, poderia dizer um dos seus líderes, neste momento, conforme mostra a história.

Fonte: revistaoeste

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