Conteúdo/ODOC – O Ministério Público Estadual (MPE) pediu à Justiça a prorrogação do uso da tornozeleira eletrônica imposta ao advogado Nauder Júnior Alves Andrade, acusado de tentativa de feminicídio contra a ex-namorada, em Cuiabá.
O pedido é assinado pelo promotor de Justiça Jaime Romaquelli, do Núcleo Especializada no Enfrentamento da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Ele ainda requereu a prorrogação do uso de botão do pânico por parte da vítima.
O crime ocorreu no dia 18 de agosto em um condomínio da Capital. A vítima foi agredida com socos, chutes e golpes de barra de ferro, segundo denúncia do MPE.
Nauder foi solto recentemente por decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e aguarda o julgamento do tribunal do júri em liberdade. A data ainda não foi marcada.
No pedido, o promotor afirmou que “não há nenhuma garantia de que o autuado, sem o monitoramento, cumprirá as determinações impostas. Ainda, há que se registrar, que os fatos praticados por Nauder são gravíssimos e deve se garantir a vida e a integridade física da vítima”.
“Ante a gravidade do crime imputado e o manifesto interesse da vítima na utilização do botão do pânico, o Ministério Público manifesta favorável ao pedido, pugnando pela prorrogação do prazo do uso da tornozeleira eletrônica”, requereu.
Relembre caso
Conforme a denúncia do MPE, o casal namorou por 12 anos e a relação sempre foi conturbada por conta do comportamento agressivo do advogado, que seria usuário de entorpecentes.
No dia 18 de agosto, o casal estava na residência da vítima já deitado, dormindo, quando por volta das 3h da madrugada Nauder se levantou e foi até o banheiro, onde teria usado drogas.
Ao voltar para o quarto, diz a denúncia, ele tentou manter relações sexuais com a vítima. Diante da recusa, Nauder teria passado a agredi-la com violentos socos e chutes, além de impedir por horas que ela saísse de casa.
Conforme o MPE, ele pegou uma barra de ferro usada para reforçar a segurança da porta da residência e passou a golpeá-la e a enforcá-la.
A vítima chegou a desmaiar e, ao retomar os sentidos, aproveitou a distração do namorado para pegar a chave e fugir.
Ela buscou por socorro e foi levado para um hospital. Segundo o médico que a atendeu “ela não morreu por ser forte, ou algo sobrenatural explica sua sobrevivência”.
Fonte: odocumento