Sophia @princesinhamt
Política

Amorim fala sobre possibilidade de nova eleição na Venezuela, mas nega ter feito proposta concreta

2024 word1
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, o assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, chanceler Celso Amorim, negou ter proposto novas eleições na Venezuela, mas destacou que a sugestão é uma “ideia que está aí”. Apesar disso, Amorim explicou que a possibilidade não está sendo discutida.

“Eu não fiz, nós nunca fizemos uma proposta de novas eleições”, disse Amorim aos senadores. “É um tema. Ouvi isso a primeira vez, não posso dizer de quem, mas não era de um brasileiro. Acho que o curioso de novas eleições é que, tanto um quanto outro poderiam aceitar facilmente. Se todos ele dizem que ganharam, ganhariam de novo.”

Na ocasião, o ex-chanceler respondia a um questionamento da senadora (PP-MS), que o interpelou se essa seria uma sugestão que ele faria se o pleito fosse no Brasil com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa.

“Se houvesse novas eleições, teria que ser com supervisão robusta, mas é uma ideia, que está aí”, continuou Amorim, sugerindo que a União Europeia pudesse supervisionar a possível nova disputa. “Achávamos muito , e isso fazia parte do Acordo de Barbados, uma supervisão internacional forte”, prosseguiu o ex-chanceler.

A eventual sugestão de AmorimSegundo o veículo, a sugestão do ex-chanceler teria sido levada a Lula. Seria uma espécie de segundo turno do pleito de 28 de julho, que declarou o ditador Nicolás Maduro reeleito na Venezuela. A sugestão teria sido levada em “caráter informal”.

Aos parlamentares, Amorim destacou que o papel do Brasil no conflito na Venezuela é promover o “diálogo”, a mediação e a paz. Além disso, que a situação no país é “perigosa”.

O Brasil não reconheceu a reeleição do ditador Nicolás Maduro na Venezuela, mas continua cobrando a apresentação das atas eleitorais. Apesar disso, também não reconheceu a vitória de Edmundo González, principal opositor a Maduro nas urnas.

Ainda ao colegiado nesta manhã, Amorim destacou ter recebido González durante sua estadia em Caracas, capital venezuelana. O assessor especial, porém, ressaltou que não se encontrou com a líder da oposição María Corina, pois “alguém deveria manter contato com o governo”.

Sob o controle de Maduro, Legislativo da Venezuela quer regular redes sociais
Foto: Reprodução/Twitter/X

Em 29 de julho, , apesar de a oposição falar em fraude eleitoral. Conforme os opositores do regime chavista, González, venceu, com 70%.

A oposição e demais candidaturas independentes na Venezuela não aceitaram de forma consensual o resultado. A comunidade internacional também fez críticas. Após a reação negativa de sete países latino-americanos, Maduro expulsou o corpo diplomático da Argentina, do Chile, da , do Panamá, do Peru, da República Dominicana e do Uruguai.

Em nota divulgada após o pleito, o Brasil, por sua vez, . O presidente Lula disse não ver nada de “anormal” na eleição” e cobrou a apresentação das atas eleitorais.

O CNE da Venezuela apresentou, na primeira semana, as atas à Justiça do país, mas a Corte é alinhada ao regime chavista.

Ainda de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o do Planalto reafirmou “o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados”. Segundo o Itamaraty, é essencial que o CNE da Venezuela publique os dados, “desagregados por mesa de votação”, para o processo ter transparência.

Parlamentares, contudo, cobram uma posição mais contundente do governo federal, que ainda aguarda a divulgação das atas por parte do CNE venezuelano para ter um posicionamento oficial sobre o pleito.

Fonte: revistaoeste

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.