O ministro do (STF) Alexandre de Moraes se manifestou, pela primeira vez, sobre a da Corte e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar decisões nos chamados .
Na abertura da sessão plenária da Suprema Corte desta quarta-feira, 14, Moraes afirmou que a revelação do uso indevido do TSE como um braço investigativo do ministro do STF não “preocupa o meu gabinete” ou “me preocupa”.
“Obviamente o caminho mais eficiente da investigação naquele momento era a solicitação ao TSE, uma vez que a Polícia Federal, lamentavelmente, em determinado momento, pouco colaborava como sabemos, com as investigações”, afirmou Moraes. “Retirando o apoio do delegado que atuava nos inquéritos, chegou a ficar com um único agente policial para poder realizar todas as diligências.”
O ministro do STF ainda disse que seria “esquizofrênico eu, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral, me auto-oficiar” sobre os inquéritos. Argumentou que como presidente do TSE, “tinha o poder pela lei para determinar a feitura dos relatórios”.
“Esse meio investigativo continua possível, o compartilhamento de provas, que é um meio admitido pelo STF. Eu hoje oficiaria a ministra Cármen Lúcia, que agora é presidente do TSE”, disse.
Na sequência, Alexandre de Moraes confirmou que como presidente do TSE, “determinava” que a assessoria realizasse os relatórios “de forma oficial”. “Era enviado e protocolado no inquérito e investigação específica, dado imediatamente à ciência da PGR e remetido à PF para continuidade das investigações”.
Ainda durante seu discurso no plenário do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes afirmou que as denúncias publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo são “fraudulentas” e que não há nada a “esconder”.
“São notificadas fraudulentas”, declarou. “O que se vê de ontem para hoje é uma produção massiva de notícias fraudulentas para novamente tentar desacreditar o STF, as eleições de 2022 e a própria democracia do Brasil.”
Argumentou que as reportagens ainda referiam a “três, quatro, cinco, seis, sete, oito pedidos de relatórios, todos esses documentados”. Moraes citou o caso do “pseudo jornalista foragido dos Estados Unidos Rodrigo Constantino”, alegando que tudo estaria documentado no STF e no TSE.
“Não há nada a esconder, todos os documentos oficiais juntados à investigação correndo pela PF, todos já eram investigados previamente, e todos os recursos contra minhas decisões, as decisões foram mantidas pelo plenário do STF”, finalizou.
Fonte: revistaoeste