Na terça-feira 6, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para tornar ré Débora dos Santos, por pintar a estátua da Justiça com a frase “perdeu, mané”, durante o 8 de janeiro. A cabeleireira de 38 anos usou um batom.
Por ora, três dos cinco ministros do colegiado votaram pelo contra a acusada.
Além do relator, Alexandre de Moraes, os ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia também se manifestaram no mesmo sentido.
Conforme a PGR, a paulista de Paulínia cometeu os seguintes crimes:
- Associação criminosa armada;
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, com empreso de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima;
- Deterioração de patrimônio tombado.
Débora está presa desde março do ano passado. Uma fotógrafa do jornal Folha de S.Paulo a flagrou na estátua. Dessa forma, a Polícia Federal a prendeu em uma fase da Operação Lesa Pátria.
Casada com o pintor Nilton Cesar, Débora é mãe de duas crianças, uma com 6 anos e outra com 9 anos.
A mulher também é religiosa. Antes de ir para a cadeia, Débora frequentava a Igreja Adventista do 7º Dia.
Há algumas semanas,
Os filhos de Débora gravaram um vídeo no qual fizeram um apelo à Justiça pela soltura da mãe. Diversos parlamentares, como os deputados federais Gustavo Gayer (PL-GO) e Bia Kicis (PL-DF), compartilharam o conteúdo. “Todos vão pagar por isso”, disse Gayer. “Isso é cruel e desumano”, constatou Bia, ao mencionar o projeto de lei da anistia.
Fonte: revistaoeste