Dormir bem, cerca de sete a nove horas por noite é bom, faz bem à saúde física e mental, alivia a sensação de cansaço do dia anterior, repõe as energias de que o corpo necessita e nos prepara para uma nova jornada de atividades, sem cansaço, sem sonolência e com disposição para cumprir os compromissos diários.
Antes de terminar sua leitura, assista o vídeo do psiquiatra Marcos Estevão:
Assim deveria ser, mas nem sempre é assim que acontece. Muitas vezes dorme-se o suficiente, mas parece não ter sido o necessário para dispor de todos os benefícios de uma boa noite de sono.
É quando precisamos saber o que está acontecendo conosco durante a noite. Para isso, podemos contar com a nossa companhia de cama, quando a temos. Se esta possibilidade não existe, podemos filmar nosso sono noturno e neste caso conseguimos nos observar durante a noite e ver se temos um sono mais relaxado ou mais agitado; se movimentamos demasiadamente as pernas; se roncamos muito; se interrompemos os roncos com paradas respiratórias e se pareceremos angustiados com elas na tentativa de voltar a respirar.
É possível, ainda, observar e anotar outros fenômenos, que por acaso ocorrerem durante nossa noite de sono.
Tudo isso deve ser levado a profissionais de saúde ligados ao sono, como psiquiatras, neurologistas, pneumologistas e otorrinolaringologistas. A partir daí, certamente serão solicitados exames complementares para o diagnóstico de um dos muitos problemas relacionados ao sono.
O ronco precisa de uma atenção maior do que geralmente damos a ele. Comumente é visto e comentado com gracejos, colocando o roncador como uma pessoa a ser evitada numa eventual necessidade de compartilhar um aposento. Casais, em vez de procurarem tratamento, optam por dormir em quartos separados, quando o ronco atrapalha sua noite de sono.
Muitas vezes o roncador não acredita que ronca ou que seu ronco alcance uma magnitude exagerada. Para provar isso, sua companhia de leito termina gravando o ronco e provando em áudio ao roncador.
Mas, o que é o ronco? É um ruído de diferente intensidade que ocorre durante o movimento respiratório de inspiração ou expiração, pela vibração do palato e das paredes da faringe no período de sono diurno ou noturno. O ronco acontece porque com o relaxamento de língua, palato e faringe, há um estreitamento das vias aéreas, com consequente diminuição da passagem do ar inspirado para os pulmões e destes para o meio ambiente. O relaxamento dessas estruturas e a obstrução parcial à passagem do ar requerem uma força maior para efetivar a respiração com a produção de um ruído chamado de ronco.
Quando, em vez da diminuição da passagem, há um impedimento total, ocorre o que chamamos de apneia, que é ausência de respiração em alguns momentos do sono, que dura de poucos segundos a cerca de um minuto e provoca graves problemas à saúde, e tal problema pode vir a ser chamado de Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono, da qual falaremos em outra oportunidade.
Por enquanto, depois dessas considerações, é possível saber que ronco pode ser sinal de doença e merece ser avaliado e tratado por profissionais capacitados, quando o tratamento for indicado.
Fonte: primeirapagina