Nesta quinta-feira (1°) se comemora o Dia Mundial da Amamentação. Mais do fortalecer os laços entre mãe e bebê, a amamentação é essencial para o crescimento saudável do bebê. Para provar isso, o Primeira Página separou quatro curiosidades sobre o leite materno; o melhor remédio e o melhor estimulante para as crianças.
🎧 Ouça abaixo reportagem da Morena FM sobre o aleitamento materno:
Leite vivo
O leite materno está em constante mudança na sua composição e nos fatores ativos para o bebê. Ele se adapta e sempre tem os nutrientes na quantidade e na qualidade adequada que a criança precisa, em cada idade e em cada momento da vida.
Nos primeiros cinco dias, por exemplo, ele é chamado de colostro e é rico em células de defesa, para garantir a proteção do recém-nascido contra doenças. Depois de torna gradualmente mais espesso; rico em lactose, gordura e vitaminas hidrossolúveis.
A cor do leite muda
Justamente por conta dessa transformação constante do leite materno, a sua coloração também muda. No início ele tem uma cor parecida com a da água de coco. Conforme o bebê mama, o leite fica branco e opaco. Próximo ao final, o leite assume a cor amarelada.
A cor do leite materno também pode variar com a alimentação da mulher.
Remédio natural
O leite materno tem sua microbiota própria; é composto por diversos microrganismos. Esses micróbios funcionam como prebióticos e probióticos, que habitam o trato gastrointestinal do bebê e o protegem contra infecções respiratórias, diarreias e outras infecções bacterianas.
A amamentação em longo prazo ajuda no desenvolvimento da inteligência infantil
De acordo com a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), vários estudos científicos apontam uma relação entre a amamentação e o QI (Quociente de Inteligência). Os bebês que mamam têm maiores chances de se tornarem adultos menos doentes e mais inteligentes.
Isso acontece porque, nos primeiros 2 anos, o desenvolvimento do cérebro é intenso e o leite materno é composto por substâncias essenciais para que a criança atinja o seu potencial de inteligência.
Agosto: mês do aleitamento materno no Brasil
O mês de agosto é conhecido pela campanha de aleitamento materno no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, o ato de amamentar é bom não só para a saúde do bebê, como também para a saúde da mulher, pois, reduz as chances de sangramento pós-parto ou de desenvolver anemia, câncer de mama e de ovário, diabetes e infarto do coração.
O Ministério da Saúde recomenda que, até os seis meses de vida, o recém-nascido seja alimentado exclusivamente com leite materno para ter um crescimento forte e um desenvolvimento saudável. Depois deve ser complementado com outros alimentos saudáveis.
Por isso, quando a mãe não pode amamentar o bebê, os hospitais recorrem ao banco de leite e consequentemente, a doação de outras mulheres.
De acordo com a Comissão de Bancos de Leite de Mato Grosso do Sul, hoje, o Hospital Universitário de Campo Grande, a Maternidade Cândido Mariano e Santa Casa de Campo Grande estão com estoques abaixo do ideal. Por isso é sempre necessário fazer uma gestão do leite, priorizando bebês mais vulneráveis.
O grande desafio dos hospitais é estimular e aumentar a doação do leite materno. É nesse cenário que a doação de leite se torna fundamental para bebês que lutam para sobreviver nas UTIs (Unidade de Tratamento Intensivo) dessas unidades.
Pra se tornar uma doadora, a mãe precisa estar saudável, amamentando e ter feito o pré-natal. As interessadas devem entrar em contato com os ancos de leite do hospital daqui de Campo Grande.
- Maternidade Cândido Mariano – contato é o 3041-4735
- Banco de Leite Humano da Santa Casa – o telefone é o 3322-4174
- Hospital Universitário de Campo Grande – ligar no 3345-3027
- Hospital Regional – o telefone é o 3378-2715
Fonte: primeirapagina