Na ação do PT contra a privatização da , o governo de São Paulo, liderado por Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), apresentou novos esclarecimentos ao Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o governo, o estudo do partido que indica prejuízo na venda estatal contém um erro de digitação em uma fórmula de Excel. A informação é da Folha de S.Paulo.
A Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo, responsável pelos esclarecimentos, afirma que, sem esse erro, o valor da ação seria de R$ 67,27. Esse preço está abaixo dos R$ 85,58 considerados justos pelo estudo e próximo dos R$ 67 da oferta pública.
Em um anexo posterior, o Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente de São Paulo (Sintaema) definiu que o valor justo da ação seria R$ 103,90.
A análise dos possíveis erros foi realizada pela consultoria KPMG, contratada pelo governo de São Paulo. O estudo do PT foi conduzido por economistas a pedido do Sintaema. Ele utilizou uma metodologia do “fluxo de caixa descontado”, que calcula o valor de uma empresa com base no fluxo de caixa futuro, ajustado por uma taxa de desconto.
De acordo com a KPMG, o erro ocorreu na aplicação da taxa de desconto, que foi registrada como 7,12% em vez de 7,92%. Este erro explicaria a divergência entre o valor de R$ 78 bilhões (que levaria a ação a R$ 85,58) e o valor resultante de R$ 67 bilhões (com a ação a R$ 67,27).
A Advocacia-Geral da União (AGU), em sua manifestação a favor da concessão de liminar para suspender a privatização da Sabesp, argumentou que houve subdimensionamento dos valores das ações da empresa com base no estudo encomendado pelo sindicato.
“A petição inicial apresenta uma tabela com valores indicados pela Oferta Equatorial (R$ 67), pela Cotação B3 (R$ 74,97), pelo referido Relatório Valuation (R$ 85,58/R$ 103,90), a qual demonstra que o valor ofertado pela Equatorial por ação, ainda que acima do mínimo definido pela Sabesp, é significativamente inferior ao valor de mercado”, diz a peça.
Ainda segundo a manifestação, “o encaminhamento da venda à Oferta Equatorial por apenas R$ 67 evidencia a debilidade dos estudos de avaliação do valor da ação, em clara venda que lesará o erário bandeirante”.
Fonte: revistaoeste
