Presença garantida no churrasco e em diversos outros pratos, a linguiça deve ser consumida com moderação independentemente de ser calabresa, toscana ou outra. É que, além de ser feita a partir de carnes com teor considerável de gordura, ela pode ter altas concentrações de sódio e outros aditivos.
Mas isso não quer dizer que a categoria deva ser banida de vez do cardápio. Como os especialistas fazem questão de ressaltar, em um contexto de alimentação equilibrada e diversificada, a linguiça e outros embutidos podem sim entrar no prato de vez em quando.
Entenda a seguir quais são as diferenças entre os tipos e como escolher no supermercado.
Linguiça calabresa versus toscana
É muito comum questionar se as linguiças toscanas, por precisarem ser refrigeradas, podem ser consideradas mesmo embutidos. Afinal, a necessidade de refrigeração só pode querer dizer que elas recebem menos aditivos, certo?
No entanto, tanto ela quanto a calabresa são tidas como embutidos, termo que engloba carnes moídas ou picadas, envoltas em uma membrana, geralmente tripas do próprio animal ou ainda materiais sintéticos. E são também curadas, ou seja, recebem ingredientes para conservar o produto por mais tempo, geralmente sal, nitrato e nitrito. A presença destas duas últimas substâncias é obrigatória por lei em toda a categoria, pois elas impedem que bactérias nocivas se multipliquem por ali e ainda dão a cor rosada da mistura. Mas, em excesso, podem ser perigosos para a saúde, em especial o nitrito. Tanto que em 2015, a OMS (Organização Mundial de Saúde) colocou os embutidos na lista de produtos cancerígenos, junto com álcool e tabaco.
No caso das linguiças, a diferença está no processamento. As linguiças que precisam ficar refrigeradas, como a toscana e a frescal, não sofrem tratamento térmico ou defumação, diferente da calabresa, que passa por mais processos para ficar com o sabor característico e durar em temperatura ambiente.
Isso não quer dizer que uma seja melhor que a outra em termos de saúde, pois, na essência, ambas são parecidas e seguras, mas, de novo, devem ser ingeridas com moderação.
Como escolher sua linguiça
Procure as linguiças feitas a partir de cortes mais magros, como frango ou pernil, e com mais temperos naturais, que agregam sabor sem necessariamente ter muito sal. E fique sempre atento à lista de ingredientes, que estão dispostos em ordem decrescente: ou seja, os primeiros itens estão presentes em maior quantidade.
Sabendo que o alimento já é rico em gordura, o ideal é que o preparo não aumente ainda mais essa quantidade. Prefira grelhar, cozinhar na água ou assar no forno. Para se ter ideia, a própria linguiça de frango carrega 18 gramas de lipídios a cada 100 g, contra 10 g da coxa de frango.
Outro ponto de atenção são as preparações artesanais e caseiras, que não passam pela mesma fiscalização dos produtos vendidos em larga escala durante o processo de fabricação, conservação e o uso de aditivos como o nitrito e nitrato.
*Com informações de reportagem publicada em 19/09/2018
Fonte: uol