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Política

Senadores convocam audiência com Celso Amorim e Mauro Vieira sobre eleição na Venezuela

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Os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Tereza Cristina (PP-MS) disseram, nesta terça-feira, 30, que apresentarão requerimentos à Comissão de Relações Exteriores do Senado para ouvir membros da diplomacia brasileira sobre a eleição na Venezuela.

Nogueira quer convocar o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para “tentar explicar o inexplicável”. “Diante da omissão, do silêncio, da conivência e da falta de reação perante o novo golpe perpetrado por [Nicolás] Maduro em sua ditadura na Venezuela, vamos propor a convocação do ministro das Relações Exteriores no Senado com urgência”, escreveu o senador no X/Twitter.

Já Tereza disse que convidará o assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente da República, chanceler Celso Amorim; e a embaixadora do Brasil na Venezuela, Gilvânia Maria de Oliveira, para prestar esclarecimentos ao colegiado. Os requerimentos só podem ser apresentados após o fim do recesso parlamentar, que termina em 31 de agosto.

“O Brasil era fiador, com os EUA, do Acordo de Barbados – que exigia eleições limpas e a volta da democracia na Venezuela”, lembrou a no X/Twitter. “Agora, com a participação ativa de Celso Amorin em Caracas, o Brasil está diretamente envolvido e se torna responsável pelos acontecimentos.”

Na segunda-feira 29, , apesar de a oposição falar em fraude eleitoral. Conforme os opositores do regime chavista, o principal candidato contra Maduro, Edmundo González, venceu com 70%.

A oposição e demais candidaturas independentes na Venezuela não aceitaram de forma consensual o resultado. A comunidade internacional também criticou. Após a reação negativa de sete países latino-americanos, Maduro expulsou o corpo diplomático da Argentina, do Chile, da Costa Rica, do Panamá, do Peru, da República Dominicana e do Uruguai.

Em nota divulgada na manhã de ontem, o Brasil, por sua vez, .

Ainda de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o Palácio do Planalto reafirmou “o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados”. Segundo o Itamaraty, é essencial que o CNE da Venezuela publique os dados, “desagregados por mesa de votação”, para o processo ter transparência.

Parlamentares, contudo, cobram uma posição mais contundente do governo federal, que ainda aguarda a divulgação das atas por parte do CNE venezuelano para ter um posicionamento oficial sobre o pleito.

“A diplomacia brasileira, que não fala em indício de fraudes, sequer se solidarizou com os colegas de sete países latinos, inclusive parceiros do Mercosul, expulsos ontem por Maduro”, continuou Tereza.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi reeleito no último domingo, 28, sob suspeita de fraude | Foto: RS/via Fotos Públicas
O Presidente Da Venezuela, Nicolás Maduro, Foi Reeleito No Último Domingo, 28, Sob Suspeita De Fraude | Foto: Rs/Via Fotos Públicas

De passagem pela Venezuela a mando do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Amorim se reuniu na noite de ontem com Maduro e, posteriormente, com a oposição venezuelana. Conforme o jornal O Estado de São Paulo,

Maduro disse a Amorim, segundo o jornal, que divulgará os documentos nos próximos dias e que só não publicou ainda, pois houve um “ataque hacker” durante a apuração dos votos no domingo 28, quando ocorreu a eleição no país.

Fonte: revistaoeste

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