Lá fora, o ditador Nicolás Maduro disse o que, se for dito no Brasil, dá cadeia. Disse que as urnas brasileiras não são auditáveis, ou seja, que a eleição brasileira não pode ser conferida. Se alguém disser isso no Brasil, será censurado, entrará no famigerado inquérito de fake news e corre o risco de ir em cana. Ou seja, Maduro, ditador da Venezuela, um país sem liberdade, tem o poder de dizer de maneira livre o que todo mundo desconfia, mas 200 milhões de cidadãos brasileiros supostamente livres não podem sonhar em dizer. Falar em urna no Brasil é tema proibido. Visto como golpe de Estado. E quando há assuntos proibidos de serem tocados num país, está-se vivendo numa ditadura. O diplomata petista Celso Amorim disse que Maduro não disse nada demais, apenas fez uma observação sobre o processo eleitoral. Um comentarista da GloboNews correu a gritar: “Se ele não disse nada demais, então Bolsonaro não poderia ter sido cassado!”, em tom de ironia. Mas a ironia é verdade. Nem Bolsonaro nem nenhuma das pessoas perseguidas pelo TSE por crime de opinião fizeram nada demais. Apenas contestaram o processo eleitoral, coisa lícita em qualquer país democrático no mundo.
A ministra-chefe do TSE, Carmen Lúcia, correu a dizer que a declaração de Maduro era uma infâmia, que as urnas brasileiras são totalmente auditáveis porque são auditáveis e pronto, acabou. Mas não explicou como se confere um voto virtual. Eu, Adrilles Jorge, confesso humildemente minha ignorância sobre o assunto: confesso que não sei como se recontam votos virtuais que desaparecem ao sabor de um toque. Se me explicassem em vez de me quererem prender, talvez eu insistisse na pergunta. No mundo inteiro, só Butão e Bangladesh adotam voto digital sem comprovante impresso. Será mesmo que o Brasil e estes são os únicos países que estão certos?
Na verdade, o contexto da fala do ditador Maduro foi uma provocação a Lula, que fingiu espanto com a declaração de Maduro de que iria haver banho de sangue na Venezuela caso ele perdesse as eleições futuras na Venezuela. Lula fingiu espanto, porque todos sabem que Lula sempre soube que a Venezuela é uma ditadura assassina que frauda eleições e banha a população de sangue há décadas. Isso ocorre desde que Chávez tomou o poder e o entregou a seu discípulo tirano Nicolás Maduro, a quem Lula recebe com tapete vermelho, chamando-o de democrata. Pessoas na Venezuela são mortas, assassinadas, torturadas, massacradas pelo regime sanguinário e tirânico de Nicolás Maduro. O banho de sangue prometido é um banho de sangue executado cotidianamente há mais de 30 anos pela ditadura venezuelana. Lula fingiu espanto com a promessa de sangue porque pegaria mal até para seus seguidores fanáticos endossar a promessa de massacre humano de seu companheiro Maduro.
E o que fez a grande mídia para interpretar esta briga de comadres de ditaduras amigas? Disse que a fala de Maduro era bolsonarista e que Maduro era, na verdade, um simpatizante de conservadores e um ditador de extrema-direita. Sim, Maduro, o ditador que é recebido com honrarias por Lula e recebe dinheiro do Brasil petista para financiar sua ditadura, seria agora, como já disse uma vez o ministro Barroso, um ditador “de direita”. Quase todo mundo contesta o sistema eleitoral brasileiro, mas se o brasileiro o fizer, pode ir preso, como já disse. A bem da verdade, não dá para dizer categoricamente que houve alteração nos votos. A bem da verdade, não dá para afirmar se houve fraude ou não houve. A bem da verdade, nem precisava de fraude. A bem da verdade, dá para afirmar que houve uma clara torcida organizada e executada pela Justiça Eleitoral aqui na última eleição, quando o STF tirou Lula da cadeia para ser candidato e só censurou, multou e perseguiu o outro lado, praticamente. Não precisa de fraude eleitoral quando o juiz torce para um determinado time. É o que todo brasileiro sabe, mas tem receio de dizer. “Perdeu, mané”, foi o que a torcida organizada disse ao povo.
A bem da verdade, quando Lula mentiu sobre sua preocupação com o banho de sangue, foi só para dizer que no Brasil a ditadura não banha seus cidadãos de sangue. Aqui, de fato, a ditadura é limpinha. Só censura, tira o dinheiro do banco, exila, tira a rede social, a possibilidade de trabalho e prende quem pensa diferente. Se falar mal das urnas, então é levado ao inferno. Porque, como disse Carmen Lúcia, as urnas são auditáveis porque são e pronto, acabou. E “ai” de quem pedir mais esclarecimentos. A ditadura brasileira prescinde de querer matar qualquer pessoa. Porque anula e desaparece virtualmente e realmente com esta pessoa. Lula marca posição na sua mentira para dizer que não há sangue na ditadura limpinha na qual ele lamenta não ser o ditador. Porque ditadores são os juízes que o colocaram lá, como disse seu vice-presidente, lá na cena do crime novamente.
Fonte: revistaoeste