Cada vez mais, o acesso à internet é fator de diferenciação social, cultural e até econômica na sociedade. Os avanços tecnológicos, os produtos digitais e as facilidades de acesso nos dão a percepção de que TODO MUNDO está conectado, mas isso não é uma realidade. Essa desigualdade no acesso à internet acentua o gap digital, criando barreiras para muitos em termos de oportunidades e desenvolvimento.
Um estudo inédito realizado pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR indicou que apenas 22% dos brasileiros têm boas condições de conectividade e as regiões Norte e Nordeste têm as piores condições de acesso. Só o nome do estudo já diz muita coisa: “Conectividade Significativa”.
Apesar de 84% da população do Brasil já ser usuária de internet, as condições desse acesso são bastante desiguais. Veja só, o estudo mostrou que os entrevistados do sexo masculino apresentaram melhores índices de conectividade do que as mulheres de forma geral.
Para entender o impacto da falta de conectividade no desenvolvimento de uma pessoa, basta comparar as oportunidades de alguém que só tem acesso à internet pelo celular, com um pacote de dados limitado e sem internet em casa, com outra pessoa que tem acesso em casa, no trabalho e um plano de celular sem limite de dados. Certamente, a facilidade para estudar, buscar oportunidades profissionais e acessar entretenimento é completamente diferente, não é?
Ampliar as oportunidades e a capacidade da conectividade no país é papel de muitos, especialmente dos governos que precisam investir em infraestrutura e em ambientes que atraiam empresas que forneçam conectividade de forma acessível, ampla e mais barata, buscando diminuir o gap digital.
Além da conectividade, a disponibilização de serviços digitais torna mais igualitária as condições de quem possui acesso à internet, democratizando a informação e as oportunidades. Entre as cidades brasileiras, as que têm maior oferta de serviços inteligentes para o cidadão estão Uberlândia, Porto Alegre e Curitiba, segundo o ranking Teleco.
Em 2021, o tema conectividade foi amplamente discutido no Brasil, quando aconteceram os leilões de 5G que possibilitaram às operadoras de telefonia disponibilizar e explorar essa nova geração de internet móvel nas cidades brasileiras. Na ocasião, vários arranjos foram feitos para garantir que o sinal 5G chegasse a todas as cidades, grandes e pequenas, do Norte ao Sul. Mas isso ainda não é uma realidade.
Desde então, novos entrantes têm se estabelecido e buscando, juntos, mercados e soluções para levar conexão a áreas remotas. É o caso da Starlink, empresa de internet de Elon Musk, fundada em 2019, que tem como missão fornecer internet de alta velocidade e baixa latência para locais de difícil acesso ao redor do mundo.
Esta semana, a Starlink pediu autorização para a Anatel para explorar mais 7,5 mil satélites de baixa órbita no Brasil. Com isso, ela iria mais que dobrar o número de objetos licenciados no país, chegando a 11,9 mil satélites sobrevoando o espaço brasileiro.
Um dos fatores que dificultam a conectividade tem relação com custo. E o custo tem relação com infraestrutura. Com o aumento da infraestrutura, os preços e tarifas cobrados podem diminuir, ajudando as pessoas de menor renda a ter um acesso à internet mais facilmente.
Diminuir o gap digital, diminuindo como consequência o gap social, não é simples. Envolve muitos fatores. Mas é extremamente importante avançarmos em todos eles, desde a disponibilização de infraestrutura, os arranjos empresariais até a educação para inclusão digital definitiva no nosso país.
E vem aí o GazzSummit Agrotechs
O GazzSummit Agrotechs é uma iniciativa pioneira do GazzConecta para debater o cenário de inovação em um dos setores mais relevantes do país. O evento será realizado no dia 15 de agosto com o propósito de conectar e promover conhecimento para geração de novos negócios, discussão de problemas e desafios, além de propor soluções para o setor.
O GazzSummit promove a disseminação de tecnologias e práticas de inovação que possam levar a cadeia produtiva ainda mais longe. Uma programação intensa de 10 horas de conteúdo, e mais de 25 palestrantes, espera os participantes que poderão interagir com players importantes do ecossistema como grandes empresas, cooperativas, produtores, entidades públicas, startups e inovadores. Garanta já a sua vaga.
Fonte: gazzconecta
