A frota das empresas de locação destinada para o carro por assinatura cresceu 16,4%, entre janeiro e setembro deste ano. Ao final de 2021, o volume locado nessa modalidade era de aproximadamente 91 mil automóveis, que cresceu para mais de 106 mil ao final de setembro de 2022.
Os dados fazem parte de levantamento da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), divulgado nesta segunda-feira (24).
Setor fala em dobrar carro por assinatura no médio prazo
O levantamento da Abla inclui apenas os veículos de empresas de locação – não contabiliza, portanto, a frota de montadoras que também já oferecem o serviço, conforme destaca o presidente da associação, Marco Aurélio Nazaré.
“A tendência é que a participação do carro por assinatura venha até a dobrar no médio prazo, já que, apesar de ser uma modalidade recente, veio para ficar”, afirma o executivo.
Segundo ele, um dos fatores que tem colaborado para o interesse crescente é a “mudança de comportamento em relação ao transporte e à mobilidade, causada pela Covid-19”. Para Nazaré, essa modalidade de aluguel está se consolidando de maneira semelhante a outros serviços do gênero – a exemplo do streaming, que conquistou o mercado audiovisual de filmes e séries.
“Trata-se de um nicho relativamente novo no aluguel de carros, mas que inegavelmente tem chamado a atenção de quem valoriza mais o uso que a posse”, acrescenta Paulo Miguel Júnior, conselheiro-gestor da Abla. “A pandemia fez com que mais pessoas – claro que sempre que possível – passassem a evitar aglomerações em transportes coletivos, por exemplo”, afirma.
Como funciona o carro por assinatura
No carro por assinatura, em vez de adquirir um veículo próprio, a pessoa o aluga por um, dois ou até três anos. Ao final do contrato, pode renovar a assinatura para ter outro veículo novo na garagem.
“Junto a isso, o cliente acabou descobrindo, experimentando e aprovando benefícios extras como os de deixar de ter preocupação e gastos com seguro, manutenção, revisões, tributos e, principalmente, com os desgastes que tinha na hora de vender o próprio carro”, ressalta Miguel Jr.
Conforme a Abla, a modalidade oferece desde os modelos de veículo mais básicos até os mais equipados e luxuosos. “Estamos diante de uma mudança de cultura que, rapidamente e cada vez mais, cai no gosto do brasileiro”, afirma o conselheiro da associação.
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