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Política

Eduardo Leite critica repasse do RS à União: ‘Parem de nos despojar!’

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), elevou o tom na discussão sobre a renegociação da dívida dos Estados. Ele abordou o assunto durante discurso na posse da nova diretoria da , na noite desta quinta-feira, 18.

Leite deu um recado para que parem de “tirar” o que é do Estado. De acordo com ele, o Rio Grande do Sul não recebe os mesmos benefícios de outras regiões, como o Norte, o Nordeste e o Centro-Oeste, instrumentos que seriam suficientes para gerar riqueza para o pagamento da dívida.

“Se não vão nos dar aquilo que dão às outras regiões, parem de nos tirar o que é nosso para que nós possamos investir no nosso Estado e ajudar ainda mais o Brasil”, afirmou o governador gaúcho, no evento da Fiergs. “Este é o nosso recado.”

Leite fez um discurso em que pontuou os desafios que foram enfrentados pelo Estado recentemente, da estiagem à tragédia das chuvas, e afirmou que o tema da dívida, em discussão com o governo federal, é “extremamente desafiador”. Ele disse que há uma crítica pelo projeto de renegociação dos débitos, por beneficiar os Estados devedores em detrimento dos demais, mas a concessão de benefícios para as demais regiões é ignorada.

“Se nos derem o que dão a outras regiões do país, como o fundo constitucional para financiar empreendedores de indústria em regiões como Norte, Nordeste e Centro-Oeste; se nos derem os royalties do petróleo que turbinam as receitas do Sudeste; se nos derem os benefícios fiscais que entregam a Zona Franca de Manaus e benefícios fiscais de outras regiões não precisam, então, facilitar o pagamento da dívida”, disse Leite. “Com esses benefícios que os outros recebem, se nos derem esses instrumentos geraremos riqueza suficiente para pagar esta dívida.”

Eduardo Leite
‘No Meio De Tanta Solidariedade, Tem Aproveitadores Que Usam A Sensibilidade Das Pessoas Para Aplicar Golpes’, Disse Eduardo Leite Sem Entrar Em Detalhes | Foto: Reprodução/Vídeo/@Eduardoleite45

Governo e Estados discutem uma mudança no indexador da dívida dos governos regionais há meses. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já declarou que é preciso rever a correção, atualmente fixada em IPCA mais 4%.

O governo federal propôs um programa para reduzir esse indexador, o Juros por Educação, que previa contrapartidas com investimentos em ensino técnico com o valor economizado com o serviço da dívida. A proposta não teve aceitação entre os Estados.

Depois de meses de impasse, o presidente do Senado, (PSD-MG), apresentou um projeto de lei que tem como eixo principal a entrega de ativos para a diminuição do indexador, que pode ficar apenas no IPCA. A proposta também foi questionada por outros Estados, e o governo já afirmou que é preciso revisar o projeto.


Revista , com informações da Agência Estado

Fonte: revistaoeste

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