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Grupo É Bem Mato Grosso se destaca com espetáculo de dança que celebra a biodiversidade do Pantanal

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O grupo cultural É Bem Mato Grosso, com sede no município de Sapezal (510 km de Cuiabá), circula pelo interior do estado com o de dança intitulado “Sapezal, cantando e dançando o Pantanal”. As apresentações, que contarão com participação direta de 38 integrantes do grupo, ocorrerão nas cidades de Comodoro, Campos de Júlio, Sapezal e Campo Novo do Parecis. As datas serão divulgadas em breve. 

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No espetáculo, que será exibido de forma gratuita e tem classificação livre, a dança e o canto do siriri encenam a biodiversidade do Pantanal mato-grossense através das figuras alegóricas de alguns de seus principais bichos: a ema, o tuiuiú e a onça-pintada. 

O tuiuiú é considerado a ave símbolo do Pantanal, a maior ave voadora. A ema, mesmo sem capacidade de voar, usa suas grandes asas para se equilibrar enquanto corre. A onça-pintada   é o maior felino encontrado na região das Américas, assim como o maior carnívoro, habitando as margens do rio Paraguai, onde se tornou uma excelente nadadora. 

Ao retratar festivamente essas três espécies, o espetáculo exibe a exuberância da natureza (no cenário, figurino, música e coreografia) e inspira nos espectadores o compromisso coletivo pela preservação dessas espécies e de vários outros animais da maior planície alagada do mundo. 

A mensagem ganha ainda mais importância no contexto de mudanças climáticas que provocam graves incêndios no Pantanal. Somente em 2020, incêndios de alta intensidade queimaram mais de do território do bioma, na porção brasileira. É o que aponta trabalho conduzido por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O grupo

O grupo cultural É Bem Mato Grosso foi fundado em 2015 por Edson Garcia da Silva e Lucinete Cogo. Tornou-se uma associação em 2017. Atualmente, a entidade sem fins lucrativos atende aproximadamente 65 estudantes, na faixa etária de 12 a 18 anos, provenientes de escolas públicas do município.

Segundo Edson Garcia, que é professor de Artes em escolas públicas de Sapezal, desde seu nascimento como projeto pedagógico, o grupo tem como princípio investir, atualizar e valorizar as tradições mato-grossenses, no que se refere à música, culinária, folclore, religiosidade e os costumes populares, principalmente através do siriri. 

“Nosso compromisso prioritário é ativar e desenvolver a cidadania dos jovens sapezalenses através de atividades culturais e comunitárias realizadas por meio de nossos projetos”, explicou o professor.

Coordenador do projeto, o historiador Márcio Grey Alexandre aponta que o desenvolvimento do espetáculo fortalece as cadeias produtivas locais, nos diversos segmentos culturais, gerando renda. “Temos o objetivo de estimular a expressão cultural dos diferentes grupos e comunidades que compõe a sociedade brasileira através da valorização, salvaguarda e atualização da tradição e cultura popular típica mato-grossense, no que se refere à música, dança e fauna”.

O público pode acompanhar as atividades do grupo cultural e ter mais informações sobre o espetáculo “Sapezal, cantando e dançando o Pantanal” pelo Instagram É Bem Mato Grosso

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Siriri

O siriri é uma dança da região Centro-Oeste do Brasil, principalmente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e faz parte das festas tradicionais e festejos religiosos. Como instrumentos musicais, acompanham a viola de cocho, o ganzá e o mocho. 

A origem do termo siriri é incerta. Para alguns estudiosos vem da palavra otiriri, que designa um entremez do século XVIII, em Portugal. Outros acreditam expressar um tipo de cupins de asas. 

Apoio

O grupo recebe atualmente o apoio da Prefeitura de Sapezal, que disponibiliza o espaço Pavilhão Comunitário Zeneuda Fontenelli, no bairro Popular, para realização das aulas e ensaios que acontecem quatro vezes por semana. 

O espetáculo “Sapezal, cantando e dançando o Pantanal” tem apoio do Ministério da Cultura e do .

Ficha

Diretor Artístico: Edson Garcia
Gestão e prestação de contas: Cult Assessoria e Projetos Culturais
Comunicação Visual: Flávia Ferraro
Figurino e alegorias: Edi Produções Artísticas e Culturais

 

 

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