Em pleno Outubro Rosa, mês de conscientização e combate ao câncer de mama, temos uma notícia muito boa vinda aqui do nosso Brasil! Pesquisadoras da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) desenvolveram um método chamado biópsia líquida. Coletando o sangue de uma paciente, é possível identificar o .
A pesquisa é resultado de um trabalho que já leva uma década e tem o objetivo de possibilitar o diagnóstico da doença em sua fase inicial, evitando, assim, a metástase (quando o câncer se espalha para as outras partes do corpo).
Nesse novo método desenvolvido pelas cientistas da UFU, o sangue, após ser coletado, passa por uma centrífuga que separa as suas partes. Depois, um equipamento chamado citômetro de fluxo permite que seja observada a presença ou ausência de células tumorais malignas ou benignas.
Os resultados foram divulgados na publicação científica International Journal of Molecular Sciences. No total, 110 mulheres deram sua contribuição a essa importante pesquisa.
“A plataforma biotecnológica é um novo método que utiliza técnicas, já amplamente utilizadas em diversas pesquisas na área da saúde, com o foco na descoberta de marcadores de células tumorais, com o objetivo de melhorar o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama, o que possibilitará a diminuição da mortalidade e morbidade das mulheres acometidas por essa doença”, disse a biomédica e participante da pesquisa Alinne Tatiane Faria Silva, de acordo com a .
Vantagens
A grande vantagem da biópsia líquida é a sua praticidade. É muito mais fácil de ser feita do que uma mamografia. Outro benefício é que, segundo a biomédica, é possível acompanhar o tratamento em tempo real.
“Desejamos que o teste chegue o quanto antes para a população. Porém, há um caminho a ser seguido para que isso aconteça. Atualmente, contamos com a parceria de uma empresa e estamos em fase de validação dos dados, com confirmação dos resultados em um número maior de pacientes.
A seguir, solicitaremos autorização das agências reguladoras para incluir a metodologia na prática clínica e poder, futuramente, ser distribuída no Sistema Único de Saúde (SUS)”, explicou a professora Yara Cristina de Paiva Maia, coordenadora do Grupo de Pesquisa em Biologia Molecular e Nutrição (Bionut).
Estamos na torcida para que os próximos passos da pesquisa também sejam bem-sucedidos e logo tenhamos essa inovação à disposição. Não há dúvida de que muitas vidas podem ser salvas. Afinal, o câncer de mama é o principal tipo de câncer que atinge as mulheres e pode levar à morte.
A cada ano, surgem cerca de 66 mil novos casos no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Quanto antes descoberto, maiores são as chances de cura. Alguns sintomas e sinais suspeitos são: nódulo duro e indolor na mama, no pescoço ou nas axilas, endurecimento de partes da mama; mudanças na pele da mama; alterações no mamilo, entre outros.
Se você tiver alguns desses sinais, vá ao médico o quanto antes e siga todas as orientações. Cuide do maior bem que você tem, a sua saúde!
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jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.
