Fred Moraes
Única News
Mayene Tabhita, de 22 anos, vendedora em uma loja de calçados localizada no Shopping Popular de Cuiabá, é uma dos mais de 3 mil colaboradores, que do dia para a noite viram o ganha pão virar cinzas, diante do catastrófico incêndio que atingiu todo o quarteirão que acomodava o grande centro de compras na madrugada desta segunda-feira (15).
Em entrevista ao Única News, Mayene detalhou um pouco de seu sentimento neste dia, que para ela “não parecia ter fim”. A jovem conta que quando acordou e recebeu a notícia do incêndio no prédio, não conseguiu acreditar, muito menos mensurar o tamanho da maior tragédia que o Shopping Popular registrou ao longo dos seus 29 anos de fundação.
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De imediato, Mayene se deslocou até seu local de serviço para entender tudo o que aconteceu. Ela narra que a cena que encontrou a “desmoronou”, pois viu o sonho dos empresários vir abaixo, situação que descreve como “desesperadora”.
“Por mais que preparamos a cabeça e o psicológico, quando se chega lá é uma emoção que toma conta e você vê a dor. Todos ali sonharam e batalharam para abrir lojas. Não tem notícias, não sabemos como começou. Se nós funcionários estamos preocupados, imagina o nosso patrão. Pedimos oração, porque é muito desesperador ver tudo ali, seu pão de cada dia ser destruído, é um desespero muito grande. Tá todo mundo muito aflito e não sobrou nada”, lamentou Mayene.
Apesar da fatalidade, Mayene observa a situação como um livramento, já que no momento do grande incêndio, nenhuma pessoa estava no local. Ela ainda relata que na semana passada, um vazamento de gás quase ocasionou um principio de incêndio, que acabou sendo controlado ainda no local.
“Está todo mundo aflito. Mas, foi um grande livramento de Deus, houve um principio de incêndio na quarta, ou quinta-feira, não lembro ao certo. Foi tudo muito rápido. Imagina se aquele incêndio acontecesse durante o dia? quem não iria tentar salvar algo e morreria? Teve perca material, mas Deus nos livrou”, finaliza.
O incêndio no Shopping Popular iniciou por volta das 2h26 da madrugada, quando uma fumaça surge na parte de baixo das escadarias do shopping, que levavam ao andar superior. Em menos de 10 minutos, o fogo toma conta de todo o imóvel. Entretanto, o Corpo de Bombeiros foi acionado somente vinte e seis minutos depois, via 193, às 2h46. As equipes chegaram ao local às 2h53, com apenas sete minutos de deslocamento.
Todo o efetivo de militares segue no local fazendo o rescaldo para evitar a reignição das chamas. Não há mais risco de propagação para edificações vizinhas. As ações no local contam com o apoio de quatro caminhões pipa, duas caminhonetes e um caminhão com escada.
A Polícia Civil, por meio da 2ª Delegacia de Polícia, acompanha os trabalhos do Corpo de bombeiro e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) no local. Diligências investigativas apontam preliminarmente que a causa do incêndio pode ter ocorrido por uma falha no sistema elétrico. Porém, as investigações continuam para apuração dos fatos e esclarecimento da origem do fogo. Os investigadores da PJC requisitaram exame técnico pericial do local, que serão realizados após encerramento total das atividades do Corpo de Bombeiros.
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Fonte: unicanews
