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Política

Irmãos Batista submetem à Aneel plano para adquirir Amazonas Energia

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A Âmbar, empresa do grupo J&F, dos irmãos e Batista, apresentou à (Aneel) um plano para assumir o controle da Amazonas Energia. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

O movimento de mercado ocorre depois de uma medida provisória do governo favorecer tanto a distribuidora do Norte do país quanto algumas aquisições da empresa familiar. 

A medida provisória de 13 de junho permitiu transmitir para o conjunto dos consumidores brasileiros o preço que a paga pela energia gerada por termelétricas da região. No dia 9 de junho, dias antes da publicação do documento, a concluiu a compra dessas usinas regionais. 

No mês passado, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que tudo não passou de “merda coincidência”. “O envio à Casa Civil já tinha acontecido há algum tempo”, disse Silveira, em uma audiência pública.

O simples envio do plano da empresa dos irmãos Batista à Aneel ainda não significa a conclusão da operação de compra. 

Sede do Tribunal de Contas da União
Sede Do Tribunal De Contas Da União | Foto: Flickr/Tcu

Nesta sexta-feira, 12, . O motivo é o descumprimento de prazos na entrega de usinas.

Além disso, o MP pediu a rescisão dos contratos de energia firmados entre a empresa e o governo. A Âmbar deveria ter entregado quatro usinas termelétricas depois de um leilão, em 2021, mas não cumpriu prazos. Essa seria uma razão legal para a rescisão dos contratos.

A companhia tenta renegociar suas obrigações há anos. Em abril, conseguiu um acordo com o Ministério de Minas e Energia, mas sem divulgação pública.

“Entendo que não há vantagem para a administração – muito pelo contrário – em dar vigência ao acordo em referência”, afirmou o procurador Lucas Rocha Furtado.

Furtado pede ao TCU que avalie possíveis irregularidades nos contratos entre o ministério e a Âmbar. Ele demanda, ainda, ao órgão, que determine a rescisão deles e analise se a medida provisória do governo realmente beneficia indevidamente a empresa. 

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O Ministro De Minas E Energia, Alexandre Silveira, E O Presidente Lula Durante | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

. Os encontros ocorreram antes da edição da medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 13 de junho. 

O ministério e a Âmbar afirmaram ao jornal que não trataram da medida provisória nas conversas, mas também não informaram o conteúdo dos encontros.

As reuniões ocorreram entre junho de 2023 e maio deste ano. Os executivos da Âmbar tiveram encontros reservados com o ministro Alexandre Silveira, o secretário-executivo Arthur Cerqueira, o secretário nacional de Energia Elétrica, Gentil Nogueira, e o ex-secretário-executivo da pasta Efrain Cruz. 

A última reunião foi entre Silveira e o presidente da Âmbar, Marcelo Zanatta, no dia 29 de maio, uma semana antes de o texto da medida provisória sair do Ministério de Minas e Energia e ir para a Casa Civil, informou o Estadão.

À GloboNews, no entanto, também nesta sexta, que recebeu Zanatta dentro da agenda oficial e negou a veracidade dos 17 encontros. “Só tive dois encontros com Marcelo Zanatta”, disse o ministro. 

“Um quando tomei posse, no primeiro mês da minha gestão, na verdade nem foi encontro oficial… A outra, no dia 21 desse mês [junho], quando ele foi assinar o PCS [leilão emergencial de térmicas]. Portanto, há contradições nessas informações divulgadas.”

Fonte: revistaoeste

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